Vestido 'da sorte' de Elizabeth Taylor é achado em mala em Londres e vai a leilão


Peça da Christian Dior estava em uma grande mala de plástico na casa da ex-assistente pessoal da atriz desde 1971. Expectativa é que venda de peça arrecade de US$ 48.000 a US$ 72.000. Vestido usado pela atriz Elizabeth Taylor em premiação do Oscar em 1961 vai à leilão pela Kerry Taylor Auctions, em Londres
Daniel LEAL / AFP
Um vestido Christian Dior, “amuleto da sorte” que Elizabeth Taylor vestia na noite em que venceu o Oscar de Melhor Atriz em 1961, será leiloado no próximo mês, depois de ter ficado guardado em uma mala em Londres por mais de 50 anos.
Todos presumiam que o vestido, com estampa floral e uma grande rosa vermelha na cintura, já estava no acervo da Dior em Paris.
Na realidade, esteve cuidadosamente guardado – junto com outras 11 peças de roupa que pertenceram à estrela – em uma grande mala de plástico na casa de sua ex-assistente pessoal desde 1971.
Taylor usou o vestido, desenhado por Marc Bohan para a Dior, na 33ª edição do Oscar. Ela compareceu à cerimônia acompanhada de seu quarto marido, Eddie Fisher.
Sua relação com Fisher gerou uma enxurrada de publicidade negativa depois que Taylor foi acusada de “roubar” o marido da atriz Debbie Reynolds, até então sua amiga.
O escândalo convenceu a protagonista de “Disque Butterfield 8” de que ela não ganharia o Oscar naquele ano, explica Kerry Taylor, cuja casa de leilões especializada em moda vintage venderá o vestido.
“Não esperava vencer, porque tinha perdido em outras ocasiões, e tinha toda imprensa negativa sobre Eddie Fisher”, disse à AFP.
Após seu triunfo no Oscar, a estrela começou a considerar o vestido como “uma espécie de amuleto da sorte” e o carregou com ela pelo mundo.
“Ela continuava levando o vestido de um lugar para o outro dez anos depois. Ela não o usava, apenas gostava de levá-lo com ela”, conta Taylor.
O leilão do vestido “da sorte” do Oscar deve render entre 40.000 e 60.000 libras (de US$ 48.000 a US$ 72.000) e acontecerá em Londres, em 6 de dezembro.
“Apenas vestidos de segunda mão”
A roupa foi encontrada na mala junto com muitas outras que a atriz havia dado para sua assistente Anne Sanz, cujo marido, Gaston, também trabalhou como motorista e guarda-costas de Taylor.
O casal viajou o mundo com a atriz e com o quinto marido de Liz, o astro de Hollywood Richard Burton, com quem ela se casou duas vezes, no auge da fama, nas décadas de 1960 e 1970.
A bagagem de Taylor tomava dimensões desproporcionais durante suas viagens, às vezes chegando a 40 malas, então, em 1971, ela acabou desapegando deste Dior, apesar de seu valor sentimental.
A estrela abriu seu armário no Hotel Dorchester de Londres um dia e disse a Anne: “pegue o que quiser!”.
Entre outros itens incluídos no leilão, estão um vestido de alta-costura Tiziani, criado por Karl Lagerfeld, e um roupão “viúva-negra” usado por Liz no filme “O homem que veio de longe”, de 1967, também de Lagerfeld.
Ao longo dos anos, Anne Sanz usou alguns vestidos e deu outros de presente para amigos e familiares.
“Anne, obviamente, levou o vestido branco para seu casamento e usou outro vestido, um amarelo e azul com um casaco combinando”, conta Taylor.
“Mas, de certa forma, para ela, eram apenas vestidos de segunda mão que pertenceram a Liz Taylor. E daí? Isso foi antes de tudo o que fosse relacionado aos famosos se tornasse uma tendência”, acrescenta.
Elizabeth Taylor em cena de ‘Disque Butterfield 8’, que lhe valeu um Oscar.
Divulgação
Nelson Motta relembra a carreira da atriz Elizabeth Taylor

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