Usando véu, jovem muçulmana Maymi Asgari arrasa no futebol freestyle no Catar; veja vídeo


Sensação no TikTok, ela tem mais de 400 mil seguidores e um vídeo que passa de 19 milhões de visualizações. A inspiração para controlar a bola com perfeição vem de um brasileiro: Ronaldinho Gaúcho. Copa do Mundo 2022: Maymi Asgari, a jogadora freestyler que viralizou nas redes sociais
Com o objetivo de normalizar jogadoras que usam hijab (o véu muçulmano), a dinamarquesa Maymi Asgari, futebolista de freestyle e sensação no TikTok, quer inspirar meninas de todas as origens a assumir o esporte que é dominado pelos homens.
“Não importa como você se parece e no que acredita, você pode alcançar o que quer”, disse Asgari.
Seu conselho é não mudar a si mesmo, mas mudar o jogo.
“Nasci e cresci na Dinamarca. Muitas das minhas companheiras de equipe são loiras e não muçulmanas. Mas eu não queria mudar e ficar parecida com elas apenas para estar no jogo. Tentei mudar o jogo para poder estar nele”, disse.
Sua inspiração vem do astro do futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho. “Simplesmente amava a maneira como ele jogava futebol. Era como se a bola fosse parte de seu corpo”, disse ela, acrescentando: “Tento copiá-lo de muitas maneiras”.
Durante a Copa do Mundo, Asgari ganhou maior força nas mídias sociais depois de enviar vídeos dela realizando truques de freestyle do lado de fora dos estádios no Catar. Seu vídeo mais bem-sucedido tem mais de 19 milhões de visualizações no TikTok.
A freestyler dinamarquesa Maymi Asgari se apresenta em Doha, no Catar
REUTERS/Leonardo Benassatto
Protestos contra o véu
A luta da dinamarquesa Maymi Asgari é pelo fim do preconceito contra muçulmanas. Ao mesmo tempo, numa luta diferente mas também pela liberdade, acontece uma onda de protestos no Irã contra a rigidez de costumes no país.
As manifestações começaram como reação ao caso da jovem curda Mahsa Amini, de 22 anos, que apareceu morta após ser presa pela polícia dos costumes iraniana por “uso inadequado” do véu islâmico, obrigatório no Irã.
A seleção do Irã não cantou o hino nacional do país no primeiro jogo, como uma demonstração de apoio aos manifestantes do país.
Torcedores no Catar também levaram esses protestos para os estádios e muitos deles foram repreendidos pelos seguranças. Antes da partida entre Irã e Gales, um torcedor teve uma bandeira com as palavras “Mulher, Vida, Liberdade” confiscada.
Uma torcedora do Irã foi impedida de entrar em um estádio por usar uma camiseta com a imagem de Mahsa Amini. Ela contou que só conseguiu entrar no estádio após vestir uma outra camiseta.
Torcedora do Irã é impedida de entrar em jogo da Copa por usar camiseta com protesto

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