Teresa Cristina vai lançar álbum autoral neste ano e prepara show com pagode dos anos 90


Carioca estreia show em homenagem à Maria Bethânia nesta quinta-feira (20) no Rio e está cheia de planos. Ouça entrevista no podcast g1 ouviu. Os dias precisam de mais horas para Teresa Cristina. A cantora carioca de 55 anos está cheia de planos para este ano de 2023. São eles:
Estrear o show cantando Maria Bethânia nesta quinta-feira (20) no Rio;
Lançar o álbum autoral no segundo semestre;
Ensaiar para o novo show Pagode Preta, com sucessos dos anos 80 e 90;
Seguir com o show Sorriso Negro, com uma banda só com mulheres;
Preparar o segundo ano do bloco de carnaval que fundou, o Brec.
Teresa canta desde 1998 e já fez inúmeros shows em homenagens a artistas consagrados, como Cartola, Noel Rosa, Roberto Carlos, Zé Keti, Candeia e Paulinho da Viola.
Por muito tempo, embarcar nesses projetos atrasou o lançamento do álbum com músicas que ela mesma escreveu, mas isso vai mudar neste ano.
“Sempre me coloco na espera, sabe? Sempre tenho um projeto melhor do que as minhas canções”, diz em entrevista ao g1. Ouça conversa no podcast abaixo.
“Mas não vou brigar com o tempo. Se é agora que tem que ser, vou lançar no segundo semestre e parar de ter vergonha do que faço”.
Teresa explica a demora para lançar suas músicas e como as dos outros sempre pareceram mais interessantes.
“Tem muito a ver com insegurança, tem muito a ver com uma falta de letramento racial. No fundo, são questões raciais, de como eu quase sucumbi a esse chamado racismo estrutural”.
No álbum, ela deve lançar músicas de samba e outras com “uma pegada mais nordestina”.
“Tem gente que passa às vezes uma vida inteira e não cai em si. Não tenho que me envergonhar de ter levado tanto tempo para descobrir muita coisa sobre mim, sabe?”.
Como você apresentaria o Brasil para um ET?
Teresa Cristina celebra Maria Bethânia em novo show
Nana Moraes/Divulgação; Jorge Bispo/Divulgação
Ainda na onda das homenagens, Teresa Cristina mergulhou no repertório de Maria Bethânia no show que estreia nesta quinta-feira (20) no Vivo Rio.
Ela faz “Teresinha – As Canções que a Bethânia me Ensinou” em São Paulo em maio (Leia mais sobre ingressos abaixo).
A verdadeira “devoção” à cantora baiana começou quando ainda era criança e a acompanhou por todas as fases da vida até os 55 anos.
“Se eu tivesse que mostrar o Brasil para um ET por exemplo, mostraria a obra da Betânia. Tem tudo ali, tem compositores de samba, de MPB, sul-americanos”, elogia.
“São várias mulheres em uma só… Tem a mulher que está correndo atrás do amor, tem a mulher que se decepcionou, tem a mulher que está em uma relação abusiva”.
LEIA TAMBÉM:
Teresa Cristina celebra Maria Bethânia em novo show: ‘Mergulho emocional na minha vida’
Teresa deixa claro que não quer fazer um show de covers e que não deve gravar um álbum dessa apresentação, como fez quando homenageou Cartola e Noel Rosa.
“O repertório foi feito com músicas que mexem comigo assim e não tem uma cronologia, não tem nenhum tipo de classificação”.
Mas está muito próxima aos importantes álbuns “Mel” (1979) e “Álibi” (1978). “Me sinto completamente nua diante do repertório, porque aquelas canções me fizeram, me conquistaram”.
Shows diferentes
Teresa Cristina se apresentou no palco da Praia do Flamengo do réveillon do Rio
André Arruda/ Prefeitura do Rio
Teresa quer seguir com o show cantando Maria Bethânia neste ano e ainda tem outros projetos para tocar.
Depois da pandemia, ela lançou o show “Sorriso Negro”, com uma banda formada apenas por mulheres, com o repertório de Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Wilson Moreira e Cartola.
Em junho, ela estreia o “Pagode Preta”, no Circo Voador, cantando hits do gênero nos anos 80 e 90.
“Era um lugar no samba que ouvia e dançava, mas não colocava no meu repertório. Vou cantar músicas do Fundo de Quintal, do Só Pra Contrariar, do Raça Negra, do Jorge Aragão”.
Teresa também fez o primeiro bloco de samba enredo, o Brec, no carnaval deste ano, e vai seguir com o plano para a folia em 2024.
Projetos estruturados existem, mas o que está faltando para Teresa é investimento.
“É muito difícil conseguir patrocínio, é muito difícil rodar o Brasil porque é tudo muito caro. Sinto que a minha vida é uma eterna piracema, peixe que vai contra a correnteza”.
“Não vou deixar de ser a pessoa que eu sou, mas é essa história do patrocínio é um disco arranhado que não muda”.
Teresa Cristina no Rio de Janeiro
Data: 20 de abril (quinta-feira)
Local: Vivo Rio – Avenida Infante Dom Henrique, 85, Aterro de Flamengo
Horário: 21h30
Ingressos entre R$ 60,00 e R$ 240,00 no site oficial
Teresa Cristina em São Paulo
Data: 19 de maio
Local: Tokio Marine Hall – R. Bragança Paulista, 1281
Horário: 22h
Ingressos entre R$ 50,00 e R$ 240,00 no site oficial

Fonte

Compartilhe:

inscreva-se

Junte-se a 2 outros assinantes