Em entrevista a canal estatal, presidente russo disse que a Ucrânia e o Ocidente não querem se envolver em negociações. Vladimir Putin, presidente da Rússia, em reunião com empresários do setor militar-industrial, em 23 de dezembro de 2022
Sputnik/Russian Presidential Press Office/Kremlin via Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (25) que o país quer discutir saídas para a guerra, mas alegou que a Ucrânia e países do Ocidente não querem diálogo. A declaração foi feita um dia após um ataque russo deixar 10 mortos em uma área civil da cidade ucraniana de Kherson.
“Estamos prontos para negociar com todos os envolvidos sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles. Não somos nós que nos recusamos a negociar, são eles”, disse Putin ao canal estatal Rossiya 1.
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Putin alegou que o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, quer separar a “Rússia histórica”, termo usado para argumentar que ucranianos e russos são apenas um povo. O discurso, no entanto, afeta a soberania de Kiev.
Ele disse que o bloco ocidental iniciou o conflito em 2014, ao derrubar o então presidente da Ucrânia com posição pró-Rússia, Viktor Yanukovich. Logo depois, a Rússia invadiu a Crimeia, região autônoma da Ucrânia.
“Acredito que estamos agindo na direção certa, estamos defendendo nossos interesses nacionais, os interesses dos nossos cidadãos, nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger os nossos cidadãos”, afirmou Putin.
O líder russo disse que a “operação militar especial”, termo usado por ele para se referir à guerra, é um divisor de águas para o país contra o bloco ocidental. Questionado sobre o nível do conflito com o Ocidente, ele disse: “Não acho que seja tão perigoso”.
A Ucrânia e os países do Ocidente dizem que Putin não tem justificativa para o que classificam como uma guerra de ocupação de estilo imperial que semeou sofrimento e morte em toda o território ucraniano.
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* Com informações de Reuters e AFP.
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