Dois dias depois de anunciar um plano para transformar uma escultura nazista de 700 libras de uma águia segurando uma suástica em uma pomba da pazo presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, disse que o projeto foi cancelado depois que milhares assinaram uma petição pedindo que ele fosse para um museu.
Lacalle Pou disse no domingo que nas horas desde que apresentou a ideia em uma coletiva de imprensa na sexta-feira, uma “maioria esmagadora” se opôs ao plano de reformular a águia, que foi encontrada em um navio de guerra alemão afundado em águas uruguaias em 2006 .
“Se você quer gerar a paz, a primeira coisa que você deve fazer é gerar unidade, e claramente isso não gerou aquilo”, disse ele a repórteres em Cerro Largo, Uruguai. Dizendo que ainda achava uma boa ideia, ele mesmo assim reconheceu: “Cabe a um presidente ouvir e representar”.
A águia de quase dois metros de altura estava na popa de um navio de guerra alemão afundado por seu capitão no Rio da Prata depois de ter sido danificado em uma das primeiras grandes batalhas da Segunda Guerra Mundial.
A águia tem sido controversa desde que foi recuperada: a operação privada de resgate que encontrou o bronze alegou ter o direito de vender a escultura, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha e grupos judeus advertiram que não deveria ir para compradores privados que buscam glorificar o nazismo. . O bronze ficou em uma unidade de armazenamento da Marinha uruguaia enquanto as batalhas legais sobre sua propriedade se desenrolavam nos tribunais. A Suprema Corte uruguaia acabou entregando a custódia da escultura às autoridades nacionais.
O projeto de derreter a águia e transformá-la em pomba estava nas mãos de um artista uruguaio, Pablo Atchugarry, mas depois que foi anunciado, milhares assinaram um petição online pedindo que a escultura seja preservada em um museu. Felipe Artucio, idealizador da petição, escreveu: “Lembrar o mal, tendo em mente os símbolos que o representam, é uma enorme responsabilidade para a sociedade, tanto local quanto estrangeira”.
Um dia depois do anúncio inicial do presidente, Guido Manini Ríos, líder do partido de direita Cabildo Abierto, que está em uma coalizão com o conservador Partido Nacional de Lacalle Pou, manifestou-se contra a ideia de converter a escultura e ameaçou apresentar um projeto de lei parlamentar para evitar a destruição da águia.
O artista Atchugarry disse que continuaria trabalhando em um “símbolo da paz”, mas concordou com a decisão do presidente de cancelar a ideia de usar o material da águia nazista.
“Um símbolo de paz e união não pode nascer da discórdia” Sr. Atchugarry escreveu no Facebook.
