Perfil médio do deputado federal eleito é homem, branco, casado e com ensino superior | Eleição em Números

O perfil médio dos 513 deputados federais eleitos em 2022 é bastante semelhantes aos dos candidatos eleitos em 2018: homem, branco, casado, com ensino superior e com 49 anos.

A Câmara dos Deputados em 2023 continuará a ser composta por um perfil muito parecido com a eleição passada. A única diferença, bastante pequena, é que eles envelheceram um pouco. O deputado médio ficou 6 meses mais velho. Antes eram 49 anos e 5 meses, agora são 49 anos e 11 meses.

A grande predominância continua sendo do homem (82%) que se declara branco (72%), casado (70%) e com ensino superior completo (83%). (Veja mais detalhes nos gráficos abaixo)

Apesar de uma representação recorde na Câmara, a participação feminina continua a ser bem inferior. O número de mulheres eleitas subiu de 77 para 91 na comparação de 2018 com 2022. As mulheres passam a ocupar, portanto, 18% das cadeiras na Casa. Os homens conquistaram 422 vagas na Câmara – o que responde pelos 82% restantes.

Vinte anos atrás, o resultado das urnas nas eleições de 1998 foi ainda menos favorável às mulheres. Apenas 29 foram eleitas para o cargo. Na época, elas ocupavam 5,7% das cadeiras. Os homens conseguiram naquele pleito 484 vagas (94,3% do total).

Essa composição não representa o perfil do eleitorado brasileiro. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres são a maioria entre os eleitores aptos a votar (53%).

Em 2023, pela primeira vez na história, a Câmara terá duas mulheres trans como deputadas federais: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG). No TSE, as duas estão registradas como gênero feminino e estão representadas dentro desse grupo nos gráficos.

Além do recorde na representação feminina, o Brasil elegeu um número recorde de negros, indígenas e asiáticos. A bancada de 2023 será composta por 135 negros (pretos e pardos), 5 indígenas e 3 amarelos – o termo do IBGE para quem tem ascendência asiática.

A grande maioria (72%) continua sendo de pessoas que se declaram brancas (369), mas com uma queda em relação a eleição passada. Em 2018, foram eleitos 387 deputados brancos, o que representava 75% da bancada.

A proporção continua, porém, abaixo da encontrada na população. Pelos números atualizados deste ano, pretos e pardos representam 56% da população. Já o percentual de pessoas que se declaram brancas é de 43%. Asiáticos e indígenas somam apenas 1% da população.

Para as eleições de 2022, 9 em cada 100 candidatos mudaram a autodeclaração de cor/raça. Ao todo, 2.510 candidatos fizeram essa alteração. O número é maior do que em 2018, quando 2.431 candidatos fizeram a mudança em relação à eleição imediatamente anterior, de 2016.

Mais de um terço das mudanças entre os candidatos eleitos e não-eleitos (938) se deu com os que se declararam brancos em 2020 e este ano se declararam negros (pardos ou pretos).

Os deputados federais eleitos neste ano continuam com alto grau de escolaridade, como nos anos anteriores. Nestas eleições, 426 dos eleitos (83%) informam ao TSE ter concluído o ensino superior.

Um dado que chama a atenção é a quantidade de deputados que não completaram a educação básica. Dados do TSE mostram que 18 deputados eleitos não concluíram o ensino médio, sendo que 4 desses sequer terminaram o ensino fundamental.

A proporção de solteiros diminuiu e a de divorciados aumentou, mas a expressiva maioria dos deputados eleitos são casados.

Em 2018 eram 110 deputados solteiros, agora são 98. Os divorciados, que eram 41, agora somam 51 entre os eleitos. Os casados, que antes somavam 357 deputados, agora são 360. Um deputado se declara separado judicialmente e outros 3 são viúvos.

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