J Balvin faz show em São Paulo e diz que turnê no Brasil é para ‘conquistar fãs’ para o reggaeton | Música

J Balvin não parecia abalado que o show no Rio de Janeiro não deu sold out. Muito pelo contrário, a estreia no Brasil teve local transferido da Jeunesse Arena para o Vivo Rio e ainda assim ficou “vazio”, segundo relatos nas redes sociais.

A assessoria da produtora 30E – Thirty Entertainment, responsável pela vinda do gigante do reggaeton, afirma que o público foi de 3 mil pessoas. A capacidade do local é de 4 mil pessoas.

“Obviamente sabemos que o espanhol é complicado no Brasil, mas é bonito ver nossa ambição de conquistar fãs por aqui”, diz J Balvin em entrevista, por telefone, ao g1.

Ele também canta em São Paulo neste sábado (8), no Allianz Parque Hall, espaço dentro do Allianz Parque, na zona oeste da capital. Glória Groove e Tropkillaz vão fazer a abertura.

Antes dessa vez, Balvin já tinha visitado o Brasil para um evento de uma marca de luxo neste ano e em 2017 para cantar no Villa Mix Festival.

Confiança é uma palavra que define bem a conversa com J Balvin. Ele tem muito claro que a primeira vinda ao Brasil em turnê seria um trabalho de convencimento, de plantar uma ideia para colher os frutos depois.

“É um processo bonito, porque não costumamos falhar. Cada vez que vamos a um país onde o reggaeton não era presente, começamos a crescer sempre nos países quando as pessoas entendem a vibração”.

Para o cantor de “Mi Gente” e “La Canción”, o fato do funk ser tão forte no Brasil é outro fator limitante para o reggaeton por aqui.

“O funk é o reggaeton de vocês. Difícil deixar de preferir um som na língua que todos se identificam com outro som que é até parecido, mas que não está em um idioma que todos entendem”.

É por isso que a expectativa para o show em São Paulo segue alta. “Me encanta cada show que fazemos, porque sei que estamos esculpindo a cultura, mostrando nossas músicas”.

E isso já dá para ver, em alguma medida, na prática. 2022 tem sido um bom ano para quem gosta de música latina no Brasil.

A motomamí Rosalía fez uma bela estreia em agosto, e a cantora argentina Tini faz show em São Paulo no mesmo dia de Balvin.

‘Tem que sair e mostrar a cara’

J Balvin durante show no Vivo Rio nesta quarta-feira (5) — Foto: Divulgação

Os números do cantor colombiano de 37 anos são expressivos em nível global. São 50 milhões de ouvintes mensais no Spotify, e clipes bilhões de visualizações no YouTube, como “Mi Gente” (Conheça história da música no vídeo abaixo).

O grande hit de 2017 é uma parceria com Willy William e uma marca da força do gênero. Naquele ótimo ano para o reggaeton, “Despacito”, de Luis Fonsi e Daddy Yankee, foi o primeiro clipe a ultrapassar 4 bilhões de visualizações no YouTube.

J. Balvin explica o hit ‘Mi Gente’, uma união entre França, Congo e Colômbia

Mas, claro, que quando Daddy Yankee estourou com “Gasolina”, hit global que começou a espalhar o reggaeton pelo mundo, não era tão simples assim.

O cantor de Porto Rico já disse ao g1 que “carregou o reggaeton nas costas” por muito tempo. Hoje, o cenário é de consolidação.

J Balvin acha que o mesmo pode acontecer com o funk brasileiro em escala mundial, mas para isso os artistas precisam ter o objetivo claro.

“Tem que sair e mostrar a cara como Anitta fez. O Brasil é tão grande, que se você está forte aqui, talvez não sinta necessidade de sair para outros países, porque economicamente dá para ir bem fazendo tantos shows…”.

“Depende da visão que você tem, se quer que o mundo te conheça, tem que correr o risco e fazer sacrifícios, mas vai da ambição de cada um”.

Depois de feats muito bem-sucedidos com a amiga Anitta, ele não acha que a música brasileira encontra resistência lá fora. “Downtown”, “Ginza” e “Bola Rebola” estão entre as parcerias com milhões de visualizações.

“Se parar para pensar não tem muita resistência, porque a cada par de anos sempre tem um hit em português, como ‘Ai Se Eu Te Pego’. Não é impossível porque já vimos que dá”.

Depois de São Paulo, J Balvin segue em turnê pelo Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Paraguai.

  • Quando: Sábado (8)
  • Onde: Allianz Parque Hall – Av. Francisco Matarazzo, 1705
  • Ingressos: Pista VIP: R$ 860,00 (inteira) | R$ 430,00 (meia-entrada legal)
  • Cadeira Premium: R$ 590,00 (inteira) | R$ 295,00 (meia-entrada legal)
  • Cadeira Nível 2: R$ 290,00 (inteira) | R$ 145,00 (meia-entrada legal)
  • Deck VIP: R$ 1.200,00 (inteira) | R$ 600,00 (meia-entrada legal)

Fonte

Compartilhe:

inscreva-se

Junte-se a 2 outros assinantes