Conheça o lado brasileiro e o argentino das Cataratas do Iguaçu, e saiba curiosidades das quedas consideradas uma das Maravilhas da Natureza


Entre lendas indígenas, visita de Santos Dumont e reconhecimento mundial, local banhado pelas águas do Rio Iguaçu atrai milhões de turistas anualmente. Veja opções de passeios. Vista aérea das Cataratas do Iguaçu
@whynot.trip / Redes sociais Parque Nacionbal do Iguaçu
As Cataratas do Iguaçu estão localizadas na fronteira entre Brasil e Argentina. O lado brasileiro fica em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A parte argentina está em Porto Iguaçu, no estado de Missiones.
O local chama a atenção pela beleza das 275 quedas, que formam uma espécie de “ferradura”, e pela grande biodiversidade da região protegida pelos parques nacionais.
Cada lado das quedas oferece uma experiência única. Enquanto o lado brasileiro chama a atenção pela visão panorâmica das quedas, o lado argentino permite que o público chegue mais perto das quedas. Veja imagens no decorrer desta reportagem.
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Cataratas do Iguaçu: quedas formam o desenho de uma ‘ferradura’
Marcos Labanca/Parque Nacional do Iguaçu
Entre lendas indígenas, a passagem de Santos Dumont pelo local e o reconhecimento como uma das Sete Maravilhas da Natureza, as cataratas atraem milhares de turistas anualmente.
As Cataratas do Iguaçu foram eleitas neste ano como a sétima principal atração turística do mundo pelo “Travelers’ Choice 2022 – Best of the Best”, do site de viagens TripAdvisor.
A seguir o g1 conta a história, curiosidades e atrativos de cada lado, e traz dicas sobre o que levar nos passeios.
‘Raio X’ das quedas
‘Descoberta’ das Cataratas
Importância de Santos Dumont na criação do Parque Nacional do Iguaçu
Criação dos Parques Nacionais
Naipi e Tarobá: a lenda indígena das quedas
Passeios disponíveis e horário de funcionamento dos parques
O que levar no passeio nas Cataratas do Iguaçu?
Quedas vistas do lado brasileiro
Christian Rizzi/ Parque Nacioanal do Iguaçu
1. ‘Raio X’ das quedas
Localização
No lado brasileiro, as quedas estão localizadas a 18 quilômetros do centro de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e podem ser acessadas através da Rodovia das Cataratas. Confira passeios disponíveis mais abaixo.
Na Argentina, as quedas ficam a 18 km da cidade de Porto Iguaçu e o acesso é feito através de uma estrada estadual. Confira passeios disponíveis mais abaixo.
Vista das passarelas brasileiras próximas às quedas
Christian Rizzi/Parque Nacional do Iguaçu
Vista das quedas no lado argentino
Redes Sociais/Parque Nacional Iguazú
Quedas
Conforme o Parque Nacional do Iguaçu, são 275 saltos catalogados, o que dá às cataratas o título de maior conjunto de quedas d’água do mundo.
A altura das quedas varia de 40 a 80 metros, podendo atingir mais de 100 metros dependendo da vazão do Rio Iguaçu. Saiba mais sobre a vazão das Cataratas abaixo.
O formato das Cataratas do Iguaçu lembra uma “ferradura”. As quedas se estendem por 2,7 quilômetros: 800 metros localizados no Brasil e 1,9 quilômetro na Argentina.
Assim, 70% das quedas pertencem ao lado argentino e 30% ao lado brasileiro. A divisão entre os países é feita pela Capitania Fluvial.
Abaixo na imagem, o lado brasileiro à esquerda da linha amarela, e o lado argentino à direita:
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Vazão
A vazão normal do local é de 1,5 milhão de litros por segundo. Em 2022, as Cataratas tiveram a segunda maior vazão registrada desde que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) começou as medições. O fluxo chegou a mais de 16,5 milhões de litros por segundo. Veja no vídeo abaixo.
O pior período de seca nas quedas d’água, conforme a Copel, ocorreu em maio de 1978. À época, a vazão foi de 114 mil litros de água por segundo.
Vazão de água das Cataratas do Iguaçu bate novo recorde
2. ‘Descoberta’ das Cataratas
Conforme historiadores, povos indígena de etnias como tupi-guarani e Kaigangues viveram no local há milhares de anos e permaneceram ali até a história recente, antes mesmo da chegada de exploradores ao continente americano.
O registro do primeiro “homem branco” a ver as Cataratas do Iguaçu foi do espanhol Alvar Nuñes Cabeza de Vaca, em1542.
Sítios arqueológicos são encontrados perto das Cataratas do Iguaçu; objetos têm ao menos 2 mil anos
3. Santos Dumont e a criação do Parque Nacional do Iguaçu
As Cataratas do Iguaçu já fizeram parte de uma propriedade particular. Porém, a história mudou após a passagem de Santos Dumont pelo local em 1916.
O convite para a visita foi feito por Frederico Engel, pioneiro do turismo e da hotelaria em Foz do Iguaçu.
Exposição sobre a visita de Santos Dumont às Cataratas do Iguaçu, no Ecomuseu da Itaipu Binacional
Itaipu Binacional/Divulgação
Passagem de Santos Dumont pelas Cataratas do Iguaçu faz 106 anos
O acesso às Cataratas do Iguaçu não era nada simples. O padrinho Santos Dumont tratou de intervir. Ele viajou até Curitiba para pedir a desapropriação das terras – o que ocorreu anos depois.
Saiba mais sobre a passagem de Santos Dumont pelas quedas no episódio #15 do PodParaná a seguir.
4. Criação dos Parques Nacionais
O Parque Nacional Iguazú, na Argentina, foi criado em 1934. São 67.620 hectares, dos quais 250 representam a área de concessão que pode ser utilizada para turismo.
O lado brasileiro foi criado em 1939 e abrange 185 mil hectares, dos quais 1% é usado pela concessão para utilização com fins turísticos.
Amanhecer nas Cataratas do Iguaçu
Redes Sociais/Parque Nacional Iguazú
Em 1984, o lado argentino foi declarado Patrimônio Natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e, em 1986, o Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, recebeu o mesmo reconhecimento.
Em 2011, as Cataratas do Iguaçu, que inclui os dois parques, foram reconhecidas como uma das Sete Maravilhas da Natureza.
Grande fenda formada por deus M’boy
Redes sociais/Parque Nacional Iguazú
5. Naipi e Tarobá: lenda indígena das quedas
Conta a lenda indígena que índios kaingang, que moravam as margens dos rios Iguaçu e Paraná, acreditavam que o mundo era governado por M’boy. O deus tinha forma de serpente e era filho de Tupã.
O cacique da tribo tinha uma filha chamada Naipi, uma jovem tão bela que fazia a água do rio parar quando sua imagem refletia no leito. Por causa da beleza, ela foi consagrada ao deus M’boy.
Porém, um guerreiro da tribo chamado de Tarobá, ao ver Naipi, se apaixonou.
No dia em que foi anunciada a festa da consagração da bela indígena, o guerreiro e a jovem fugiram de bote.
Quando M’boy soube da fuga ficou furioso e, ao retorcer o corpo, produziu uma enorme fenda no rio, na qual Naipi e Tarobá caíram e desapareceram.
A lenda diz que Naipi foi transformada em uma das rochas principais das Cataratas, sendo perpetuamente atingida pelas fortes águas.
Já Tarobá foi transformado em uma palmeira próxima ao abismo da garganta do rio. Logo abaixo da árvore, está a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo, de onde um monstro vingativo vigia os amantes eternamente.
Vista panorâmica das quedas no aldo brasieliro
Cristian Rizzi/Parque Nacional do Iguaçu
6. Passeios disponíveis e horário de funcionamento dos parques
Brasil
O Parque Nacional do Iguaçu abre todos os dias. O horário de atendimento é das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira. Nos finais de semana, a unidade de conservação abre meia hora mais cedo, funcionando das 8h30 às 16h.
Para visitar o local, é necessário comprar os ingressos pela internet, escolhendo a data e horário. As entradas são limitadas.
Os turistas têm acesso a uma trilha de vista panorâmica das quedas, com 1,2 quilômetro de extensão. No percurso, alguns mirantes permitem a visão mais próxima de alguns saltos.
Além da visitação às quedas, é possível fazer também passeios de helicóptero e barco, pagos à parte e não inclusos no ingresso comum.
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No aldo argentino das Cataratas, visitantes podem ficar bem próximoas as quedas
Redes scoais/Parque Nacional Iguazú
Argentina
O Parque Nacional do Iguazú está aberto para visitação todos os dias das 8h às 18h. A entrada é permitida até às 15h45. Os ingressos para o Parque só podem ser adquiridos online.
No lado argentino, os visitantes têm acesso a três trilhas:
Trilha Garganta do Diabo – 1,1 quilômetro
Passeio superior – 1,7 quilômetro
Passe inferior – 1,4 quilômetro
No passeio do lado argentino, os visitantes conseguem chegar mais perto das quedas do que no lado brasileiro. Também é possível fazer passeio de barco pelo leito do rio, próximo às quedas.
No lado argentino visitantes tem experiência mais tátil e de contato com a as quedas
Redes Sociais/Parque Nacional Iguazú
7. O que levar
Para uma melhor experiência nos passeios é recomendado o uso de alguns itens:
roupas leves e sapatos confortáveis (preferencialmente tênis);
chapéu ou boné;
repelente;
água;
protetor solar.
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