(Emprestei meu blog para o grande repórter do g1 Cesar Soto falar um pouco do que alegrou o coração de muitos fãs de série – talvez não necessariamente o meu? – nesta semana)
— Foto: Divulgação
A vida tem sido boa para quem gosta de séries. A semana nem terminou ainda e já é provavelmente a melhor dos últimos anos. Tanto que eu me senti obrigado a pedir um espacinho para a venerável dona deste blog (e minha chefe) pela primeira vez em sete anos para poder externar um pouquinho da minha felicidade.
A alegria começou com a melhora gritante de “A Casa do Dragão” no domingo (9) e terminou pelos finais de temporada incríveis de “She-Hulk” e “Os Anéis de Poder”, com direito ao o sexto episódio da excelente “Andor” pelo meio do caminho.
Assim, até parece que só o público mais chegado à cultura pop (nerds, se preferirem) teve felicidades, mas, bem, a culpa não é minha se passamos por uma época de entressafra.
Mesmo assim, quem curte algo mais refinado teve a chance de curtir a chegada (finalmente) ao país da novata mais badalada do ano. “The Bear” estreou uma temporada inteirinha no Brasil na quarta-feira (12).
Abaixo, falo um pouco mais de cada uma delas (em ordem cronológica):
Assista ao trailer de ‘House of the Dragon’
Ao longo dos seis primeiros episódios, a derivada de “Game of thrones” parecia mesmo algo tirado direto das últimas temporadas horrorosas da original.
Na verdade, talvez conseguisse ser ainda pior, transformando uma série com dragões em uma disputa medievalesca (ao contrário de Snoop Dogg, eu sei que “GOT” não é história de verdade) de “The bachelor” e toques de novelão da pior qualidade.
O oitavo capítulo, lançado no domingo, finalmente mostrou que havia algo a ser salvo ali. Foi preciso que Paddy Considine, o rei Viserys, se arrastasse e basicamente carregasse a história nas costas com uma atuação incrível até seu leito de morte, mas já é um começo.
Ainda tenho minhas reticências, mas a coisa talvez finalmente comece a esquentar em “A Casa do Dragão”.
Assista ao trailer de ‘Andor’
Na minha resenha publicada ao ver os quatro primeiros episódios eu já tinha falado como a série era provavelmente a melhor coisa de “Star Wars” desde a trilogia original.
Dois episódios depois, “Andor” continua melhorando. O sexto encerrou o arco do roubo com um bom tiroteio, efeitos belíssimos e um final que mostra que não dá para prever nada nessa história.
Com outros seis até o fim da temporada, o limite da série com Diego Luna é as estrelas (prometo que este será o último trocadilho do texto).
Ebon Moss-Bachrach, Jeremy Allen White e o elenco de ‘The Bear’ — Foto: Divulgação
“The Bear” é a nova queridinha dos hipsters de séries e, assim como “Ted Lasso”, é uma comédia dramática daquelas que só quem assiste realmente consegue entender tanta comoção.
Mas é importante ressaltar que “Ted Lasso” está para boas vibrações assim como “The Bear” está para a ansiedade.
A história sobre um jovem chef que tenta salvar da falência a lanchonete que herdou do irmão estreou toda a primeira temporada de uma só vez, quase quatro meses depois de passar seu último episódio nos Estados Unidos.
Nem toda a expectativa após tanta badalação me preparou para conhecer os personagens maravilhosos que acompanham o Urso. Pode ir lá assistir tudo e depois vem aqui me agradecer.
Tatiana Maslany em cena de ‘Mulher-Hulk: Defensora de heróis’ — Foto: Divulgação
Outra produção que eu já elogiava lá no começo.
Depois de quatro episódios, eu escrevi que era uma das coisas mais engraçadas que a Marvel já tinha feito. Com a finale de quinta, dá para cravar que é a melhor série do estúdio – com uma boa vantagem sobre as demais.
Com um humor afiado e a atuação cheia de carisma da carismática Tatiana Maslany (uma favorita pessoal desde “Orphan Black”, e que eu tive a oportunidade de entrevistar aqui), “She-Hulk” superou seus problemas com a computação gráfica desastrosa.
Quer dizer, a heroína ainda é uma forma meio deformada e desengonçada ao se transformar na gigante verde, mas quem liga?
Ninguém estava assistindo por causa da pancadaria, mas sim por causa do texto afiado que inclusive deu um surra (metafórica) nos críticos chorões incels dentro e fora da história.
O maior problema do episódio final foi ter terminado. E eu falo meio sério aqui.
O encerramento foi um dos melhores usos de metalinguagem (esse conceito tão cansado) nos últimos anos e soube rir da própria onipotência do Universo Cinematográfico Marvel, mas merecia uns 15 minutinhos a mais para não ficar tão corrido.
Eu mesmo aceitaria mais uns 30 minutos, ou quem sabe uns dez episódios.
Assista ao primeiro trailer de ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’
Primeiro: eu me recuso a chamar esta série de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, então podem ter certeza que esta é a última vez que eu escrevo este título absurdo.
Segundo: o último episódio foi uma belezinha. Aconteceu tudo o que eu torcia para que não acontecesse e eu adorei mesmo assim. Sauron revelado, Galadriel desenvolvida, mais pistas sobre o Estranho (que a essa altura meio que só pode ser uma pessoa mesmo, para o meu desespero e deleite simultâneos).
Eu entendo quem teve problemas com o ritmo instável da temporada, mas me parece que, com essa conclusão, a segunda deve fluir com muito mais naturalidade.
A maioria das séries desse escopo sofre em seu primeiro ano, e “Os Anéis de Poder” conseguiu superar a maior parte das armadilhas com louvor. Só peço uma coisa para o futuro: dêem, por favor, um jeito de trazer Papoula (Megan Richards) de volta cantando. Por favor e obrigado.
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