A interlocutores, governador eleito de São Paulo afirma que nunca vai ser como Carla Zambelli e Daniel Silveira, apoiadores radicais de Bolsonaro. Bolsonaro e Tarcísio em 1º de outubro, véspera do 1º turno da eleição.
WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conversou por telefone com Jair Bolsonaro (PL) após ter virado alvo de apoiadores do presidente por dizer que não é “bolsonarista raiz”.
A afirmação, feita durante entrevista à CNN nesta semana, já era usada nos bastidores por Tarcísio.
A interlocutores, o governador eleito argumenta que sempre criticou Bolsonaro – embora nunca em público – em relação a ações das quais discordava, como o posicionamento contrário à vacina contra Covid; e que nunca será como os bolsonaristas radicais Carla Zambelli, Daniel Silveira – deputados do PSL por São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente – e Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação.
Tarcísio também diz a pessoas próximas que nunca foi extremista e que criticá-lo por uma suposta proximidade com o Supremo Tribunal Federal (STF) é bobagem, pois uma relação boa com o Judiciário é fundamental.
Nos últimos dias, bolsonaristas usaram um suposto encontro com o ministro Alexandre de Moraes para atacar o governador eleito.
Tarcísio considera importante ter boa relação inclusive com o PT, que terá a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Segundo o blog apurou, recentemente o governador eleito perguntou, em tom de brincadeira, ao petista Emídio de Souza se o deputado não gostaria de ser líder do governo na Casa.