Nury Martinez, uma vereadora do Partido Democrata que era a presidente da Câmara Municipal de Los Angeles, nos Estados Unidos, foi gravada em uma conversa em que empregou termos racistas.
O áudio foi divulgado na internet, e, em decorrência, Nury Martinez abdicou da presidência da Câmara e se afastou do cargo de vereadora.
Ela foi gravada em uma conversa com outros dois vereadores e um líder sindical.
Foi ela que se expressou de forma racista contra negros e mexicanos da região de Oaxaca.
Na conversa, ela falou sobre um colega que não participava da conversa, Mike Bonin.
Os comentários dela foram a respeito do filho de Bonin, que é negro (Bonin é branco). Martinez afirmou que Bonin trata a criança como um acessório, e empregou uma palavra em espanhol, “changuito” (macaquinho, em tradução livre) para falar do filho do vereador.
A vereadora também fez comentários racistas a respeito dos mexicanos da região de Oaxaca, no Sudoeste do México, que imigram para Los Angeles —ela afirmou que eles são “pessoas baixas e escuras” e “feias”.
Ela ainda verbalizou o descontentamento dela com um promotor público, George Gascón, ao falar que ele “está com os pretos”.
Em nota, Martinez afirmou que esse é um dos momentos mais difíceis de sua vida e que ela reconhece que é totalmente responsável por isso. Ela disse que vai conversar com seus familiares, com os eleitores da região dela e com os líderes comunitários com quem tem relação.
Os outros participantes da conversa eram:
- Kevin de León, vereador;
- Gil Cedillo, vereador;
- Ron Herrera, líder sindical.
Os três pediram desculpas, mas ainda enfrentam pressão para renunciar.
A porta-voz do governo dos EUA, Karine Jean-Pierre, disse que o presidente Joe Biden “acredita que eles todos devem renunciar, a linguagem que foi usada e tolerada naquela conversa é inaceitável”.