Vulcão Shiveluch, que fica em Kamchatka, no extremo leste do país, estava inativo havia 15 anos. Região faz parte do chamado “anel de fogo”, área propensa a erupções e terremotos. Imagem do vulcão Shiveluch, na província de Kamkatcha, na Rússia, mostra atividade, em 20 de novembro de 2022.
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O vulcão Shiveluch, na península de Kamchatka, no leste da Rússia, pode estar se preparando para sua primeira erupção poderosa em 15 anos, dizem cientistas.
Kamchatka é o lar de 29 vulcões ativos, parte de um vasto cinturão da Terra conhecido como “Anel de Fogo”, que circunda o Oceano Pacífico e é propenso a erupções e terremotos frequentes.
O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia do Extremo Oriente da Academia Russa de Ciências, Alexei Ozerov, disse no domingo (20) que a cúpula do vulcão estava muito quente.
“À noite, a cúpula brilha quase em toda a sua superfície. Avalanches quentes com temperatura de 1.000 graus Celsius (1.832 ° F) rolam pelas encostas, fluxos piroclásticos descem. Esse estado da cúpula é observado, via de regra, antes de um poderosa erupção paroxística”, afirmou.
A maioria dos vulcões da península é cercada por florestas e áreas pouco povoadas, portanto representam pouco risco para a população local. No entanto, grandes erupções – como cientistas acham que pode ser este caso – podem expelir vidro, rocha e cinzas para o céu, ameaçando aeronaves.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), esse tipo de erupção geralmente acontece três ou quatro vezes por ano em Kamchatka, exigindo que o tráfego aéreo seja redirecionado.
Shiveluch
O Shiveluch, com um pico de 3.283 metros (10.771 pés), é um dos vulcões mais ativos da península, com cerca de 60 erupções substanciais nos últimos 10.000 anos.
A Equipe de Resposta a Erupções Vulcânicas de Kamchatka disse no domingo (20) haver ameaças de uma “poderosa erupção”.
“Um crescimento da cúpula de lava continua, uma forte atividade de fumarolas (aberturas através das quais emergem gases sulfurosos quentes), uma incandescência da cúpula de lava, explosões e avalanches quentes acompanham esse processo”, declarou o observatório.
Uma erupção pode representar um risco para voos internacionais e foi marcada com um nível de ameaça “laranja”, disse KVERT, o que significa que é provável que entre em erupção.
A última erupção mais poderosa do vulcão ocorreu em 2007, segundo a NASA.
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