Vídeo: membros de seita judia atacam guardas e fogem em massa de centro de detenção no México | Mundo

Cerca de 20 pessoas que pertencem a uma seita judia chamada Lev Tahor fugiram de um centro de detenção no México na noite de quarta-feira (28). A fuga aconteceu na cidade de Huixtla, na região de Chiapas.

Membros de seita judia no México escapam de prisão

Membros de seita judia no México escapam de prisão

Os membros da seita foram levados para o centro de detenção na última sexta-feira, após uma operação em uma casa na cidade de Tapachula que terminou com a prisão de 20 pessoas que são do Lev Tahor e de outras 6 que não pertencem ao grupo. Entre os detidos havia israelenses, canadenses e americanos.

O Lev Tahor tem práticas como casamentos arranjados e exige que a partir dos 3 anos as mulheres se cubram completamente.

Estima-se que a seita tenha até 300 pessoas. Elas rejeitam o Estado de Israel.

Membros de seita escapam de centro de detenção no México, em 29 de setembro de 2022 — Foto: Benjamin Alfaro/ AFP

Fundado na década de 1980 pelo israelense Shlomo Helbrans, o Lev Tahor pratica uma forma austera de judaísmo. O grupo é admirado por alguns judeus por sua devoção, mas é criticado por ser uma seita semelhante a um culto.

O Lev Tahor (“Coração Puro” em hebraico) enfrentou várias acusações de sequestro, casamento infantil e abuso físico desde que foi fundado, na década de 1980.

No início deste ano, dois líderes de Lev Tahor foram condenados nos Estados Unidos a 12 anos de prisão por crimes de sequestro e tráfico sexual.

O grupo muda de país com frequência, e já teve residência nos Estados Unidos, Israel, Canadá, Guatemala, México e partes da Europa.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou em nota que a polícia mexicana reuniu evidências incriminatórias contra vários membros do culto por suspeita de tráfico de drogas, estupro e outros crimes.

O comunicado israelense disse que dois membros do Lev Tahor foram presos por tráfico de seres humanos e crimes sexuais graves.

Israel ainda disse que muitos dos membros são cidadãos israelenses.

Fuga do centro de detenção

O grupo dominou os guardas e forçou a passagem pela porta do complexo onde estava detido. Crianças e mulheres segurando bebês fugiram do local.

Após a fuga, David Rosales, um dos membros do grupo, afirmou que a prisão é uma violação da liberdade e dos direitos religiosos, e que os guardas não os deixavam sair.

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