Site da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) mudou a orientação nesta quinta-feira (16), após governo estadual proibir exigência do passaporte da vacina nesta quarta (15). Comprovante da vacina da Covid-19 deixou de ser exigência em SP
Tony Winston/Ministério da Saúde
A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) alterou nesta quinta-feira (16) a orientação aos calouros do Vestibular 2023 sobre a exigência do comprovante da vacina contra Covid-19. O documento não consta mais na lista de itens obrigatórios para os estudantes frequentarem as aulas.
Apesar da medida, a Universidade Estadual de Campinas – que também possui campi em Piracicaba (SP) e Limeira (SP) – ressaltou que segue recomendando o cumprimento rigoroso do cronograma de vacinação.
“Não é mais obrigatória a comprovação do ciclo vacinal contra a Covid-19 para frequentar as aulas, mas o Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus da Unicamp recomenda o cumprimento rigoroso do cronograma de vacinação e a continuidade de inserção dos dados vacinais nos sistemas da Diretoria Acadêmica (DAC) e da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), respectivamente, com o objetivo de realizar a vigilância epidemiológica da doença em seus campi”, diz o texto da Comvest.
Campinas segue decisão do estado e proíbe exigência do passaporte da vacina contra Covid
A mudança ocorreu após o governo estadual decidir, nesta quarta (15), proibir a exigência do passaporte da vacina em estabelecimentos públicos e privados, incluindo instituições de ensino. No mesmo dia, a Unicamp informou que vai mudar regras que exigem a comprovação a alunos e servidores, mas sem detalhar essas alterações.
“A reitoria da Unicamp informa que iniciará estudos visando adequar a universidade ao recente decreto do governo estadual.”, disse a instituição nesta quinta. A norma existia desde 2021 na universidade.
As matrículas dos calouros começaram em 7 de fevereiro, na primeira chamada, e esta semana ocorreu a segunda convocação. O comprovante vacinal, no entanto, não era exigido para esta reserva de vaga, mas dentro de um prazo de 30 dias junto com outras documentações pessoais e acadêmicas do estudante.
Sobre o uso de máscaras de proteção contra a Covid, que era obrigatório, a Unicamp disse ao g1 que também vai estudar se esse protocolo será alterado.
Uso de máscaras também foi exigido durante o vestibular da Unicamp
Júlio César Costa/g1
Aulas começam dia 2 de março
Ainda há outras chamadas previstas de candidatos que fizeram o vestibular. O início das aulas está marcado para 2 de março.
Próximas datas importantes
17/02: divulgação da lista de convocados da 3ª chamada
23/02: matrícula online da 3ª chamada
23 e 24/02: declaração de interesse por vaga (online)
28/02: divulgação da lista de convocados da 4ª chamada
01/03: matrícula online da 4ª chamada
02/03: início das aulas (presencial)
Mais datas do calendário estão no site da Comvest
Alunos desligados
Em outubro de 2022, a Unicamp confirmou ter desligado 1.311 alunos que não apresentaram o comprovante da vacina contra a Covid-19.
Segundo a universidade, as matrículas foram de fevereiro a abril daquele ano, e parte dos estudantes não entregou a comprovação da imunização. Pouco antes das aulas começarem em março, 9,1% dos alunos ainda estavam com a pendência.
Do total de 1,3 mil desligados, 73,68% dos desligados eram da graduação, percentual que incluía alguns dos recém-aprovados no Vestibular 2022.
Onde estavam os alunos desligados:
Graduação/Tecnologia: 966
Lato Sensu: 8
Stricto Sensu: 337
O g1 questionou a Unicamp para saber se a mudança na exigência do passaporte da vacina pode abrir alguma brecha para recurso destes ex-alunos, mas ainda não teve retorno.
A Pró-reitoria defendeu, na época, que os desligamentos não poderiam ser considerados expulsões de alunos, porque foram seguidas as normas adotadas pelas instâncias representativas da universidade, “das quais participam servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes”.
A universidade tem cerca de 35 mil alunos matriculados na graduação e na pós-graduação, além de 1.934 docentes e 6.489 funcionários.
Vista aérea da Unicamp, em Campinas
Antoninho Perri/Ascom/Unicamp
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