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Unicamp diz que incluiu vagas de alunos desligados por falta de vacina contra Covid em processo seletivo para remanescentes | Educação

O processo seletivo deste ano teve crescimento de 73% na quantidade de vagas remanescentes em relação ao ano passado. O número total foi de 863. Na quinta-feira (6), o g1 mostrou que a universidade desligou 1.311 alunos que não apresentaram o comprovante da vacina.

A pró-reitoria disse, nesta sexta, que foram concedidas diversas possibilidades de regularização da situação ao longo do ano.

“Mais de 33.000 estudantes (em torno de 98%) comprovaram seu status de vacinação”, disse a pró-reitoria.

A Unicamp também afirma que a estimativas de alguns cursos e unidades mostram que a maior parte dos casos de falta de comprovação vacinal referia-se a estudantes que já tinham parado de frequentar os cursos por outros motivos.

Não é expulsão, diz Unicamp

A Pró-reitoria defendeu, ainda, que os desligamentos não podem ser considerados expulsões de alunos porque foram seguidas as normas adotadas pelas instâncias representativas da universidade, “das quais participam servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes”.

“Desse modo, não é correto dizer que os estudantes foram expulsos: parte importante evadiu por outras razões, parte optou pelo desligamento ao não preencher os requisitos de admissão na universidade pública, comprometida com a ciência e com a vida”.

Segundo a pró-reitoria, antes dos desligamentos, um “forte” trabalho de busca ativa foi realizado neste ano para entender porque parte dos alunos não voltaram para as aulas.

“Após análise das situações e nos casos possíveis, foram realizadas ações amplamente divulgadas para que os estudantes retomassem os cursos”, disse.

2 de 4 Alunos novos também estão na lista dos que foram desligados — Foto: Giuliano Tamura/EPTV

Alunos novos também estão na lista dos que foram desligados — Foto: Giuliano Tamura/EPTV

Segundo a universidade, as matrículas começaram em fevereiro e foram até abril, e mesmo assim parte dos estudantes não entregou a comprovação da imunização. As aulas começaram em março, e em fevereiro 9,1% dos alunos ainda estavam com a pendência.

“É fundamental salientar que decisões da Unicamp passaram por todas as instâncias administrativas e de câmaras que são compostas por alunos, funcionários e docentes, disse a instituição, que ressaltou que “hoje não há nenhum aluno ativo na universidade sem comprovação vacinal.”

Do total, 73,68% dos desligados são da graduação, incluindo quem foi aprovado no Vestibular 2022 e também não cumpriu a medida. Os desligados perderam o vínculo com a Unicamp e não podem ser considerados expulsos, porque não houve processo disciplinar a respeito das negativas à vacinação.

Total de alunos desligados no início do ano letivo:

  • Graduação/Tecnologia: 966
  • Lato Sensu: 8
  • Stricto Sensu: 337

Detalhes sobre os cursos que mais tiveram estudantes desligados e quantos dos casos eram de rematrículas não foram divulgados.

Regra também vale para funcionários

A medida foi divulgada pela Unicamp no fim do ano passado, e também vale para servidores e funcionários. O g1 questionou quantos desligamentos de professores e demais colaboradores ocorreram, mas a Unicamp se negou a passar a informação.

A universidade informou, no entanto, que os alunos e servidores que não puderam ser vacinados por motivos de saúde apresentaram atestado médico. “Suas matrículas (alunos) e reinício das atividades (servidores docentes e não-docentes) não foram prejudicados”, disse.

Ao todo, a universidade tem cerca de 35 mil alunos matriculados na graduação e na pós-graduação, além de 1.934 docentes e 6.489 funcionários.

A Unicamp informou que disponibiliza o imunizante contra Covid-19 e as demais vacinas do cronograma nacional internamente para alunos e funcionários, no Centro de Saúde da Comunidade.

3 de 4 Vacinação de estudantes e funcionários da Unicamp contra Covid-19 dentro da universidade em Campinas — Foto: Antonio Scarpinetti/SEC/Unicamp

Vacinação de estudantes e funcionários da Unicamp contra Covid-19 dentro da universidade em Campinas — Foto: Antonio Scarpinetti/SEC/Unicamp

Norma foi publicada em 2021

A norma foi divulgada pela Unicamp em 2021 e prevê o seguinte:

  • Vale para alunos de graduação, pós, extensão e de colégios técnicos.
  • Alunos antigos precisam ter ao menos o “esquema vacinal completo (duas doses ou dose única)”
  • Medida é necessária para frequentar salas, laboratórios, restaurantes, bibliotecas, quadras esportivas, ambientes acadêmicos, moradia estudantil e outras áreas dos campi.
  • Alunos novos precisavam apresentar ao menos a comprovação de uma dose de vacina contra a Covid-19 para realizar matrícula. A regra vale para todos os níveis.

“Artigo 2º – Todos os alunos regulares de graduação, pós-graduação, extensão e dos Colégios Técnicos deverão, obrigatoriamente, apresentar a comprovação de, no mínimo, uma dose de vacina contra a Covid-19, previamente e como condição para sua matrícula”, diz trecho da Deliberação CEPE-A-021/2021.

4 de 4 Vista aérea da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp

Vista aérea da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp

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Fonte

MicroGmx

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