Uma celebração que faltará no Super Bowl: a contratação de treinadores negros

Lembramos do zagueiro – e do técnico – as posições com significado mais profundo, maior influência cultural e efeito mais amplo.

“Acho que há progresso e estamos satisfeitos em ver o progresso”, disse Goodell, falando sobre a diversidade em sua liga, educada e política, mantendo seu papel totêmico como líder de times bilionários. “Mas nunca é o suficiente.”

Não, não é.

A realidade é que nada vai mudar até que os proprietários decidam que vai mudar.

Predominantemente brancos, conservadores e avessos ao risco, eles parecem não ter a urgência ou o senso de imperativo moral para mudar seus hábitos.

Sim, existe a Regra Rooney, em vigor há duas décadas, destinada a nivelar o campo de jogo ao exigir que os candidatos minoritários obtenham pelo menos uma pequena parcela das entrevistas de emprego. Quando se trata do trabalho na marquise, os donos zombam da regra. (Daí o processo contra a liga e três times movido pelo ex-técnico do Miami Dolphins, Brian Flores, que alega um padrão de discriminação racial nas práticas de contratação em toda a liga.)

Três anos atrás, quando o proprietário do Carolina Panthers, David Tepper, contratou um novo treinador principal, Matt Rhule, Tepper falou sobre como os dois eram almas gêmeas e como ambos já haviam sido cozinheiros de comida rápida. Rhule, ele disse, “Sua todo. Ele se veste como eu, então eu tenho que amar o cara!”

Alguns jogos ruins nesta temporada e depois de obter um recorde nada animador de 11 vitórias e 27 derrotas, Rhule foi demitido. Seu substituto interino: Steve Wilks, um treinador negro que rapidamente tornou um time em dificuldades competitivo e quase levou os Panthers aos playoffs.

Wilks queria ficar permanentemente.

Quem não poderia adivinhar o que aconteceu a seguir?

Wilks foi chutado para o meio-fio e substituído por Frank Reich, recentemente demitido pelo Indianapolis Colts, mas ainda assim aclamado, como tantos treinadores brancos, como um gênio do futebol.

Esse é o jeito da NFL

Contanto que seja, mesmo durante uma semana histórica do Super Bowl, o que há para comemorar?

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