A nota foi divulgada após o forte incômodo da cúpula do episcopado brasileiro com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tentando se apropriar politicamente do Círio de Nazaré. Bolsonaro usou a corveta da Marinha para poder participar da procissão marítima.
Na ocasião, a Arquidiocese de Belém divulgou uma nota crítica sobre a participação de Bolsonaro no Círio. Nesta terça-feira (11), véspera do Dia de Nossa Senhora Aparecida, a CNBB soltou uma nota na qual disse:
“Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.”
A CNBB também acrescentou:
“Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.”
Reservadamente, bispos católicos mostram preocupação com a “manipulação da fé” e com o “proselitismo religioso” na campanha eleitoral.
A Arquidiocese de Aparecida decidiu adotar uma espécie de “vacina” a um eventual uso político de Bolsonaro sobre as celebrações da padroeira do Brasil e também divulgou uma nota, nesta segunda (10), para se descolar da participação do presidente nas atividades desta quarta (12).
A nota foi divulgada em razão do mal-estar causado pela passagem de Bolsonaro pelo Círio.
“Nesta segunda-feira, dia 10 de outubro, o Cerimonial da Presidência da República informou que o presidente Jair Bolsonaro pretende participar de uma das missas do dia 12 de outubro. Assim como em outros anos, o Santuário recebe a visita e se programa para acolher o Chefe de Estado, buscando também garantir a rotina de visita dos romeiros. Na agenda de Jair Bolsonaro consta a participação em um Terço que será rezado na cidade de Aparecida. Assim, reforçamos que esta atividade não é celebrada pelo Santuário Nacional e nem está sob a supervisão do Arcebispo de Aparecida”, informou o Santuário Nacional de Aparecida.
“A iniciativa é de um grupo independente, que não tem relação com o Santuário Nacional e nem com a Programação da Novena da Padroeira”, acrescentou.
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