O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ao longo do segundo turno mais de 500 alertas diários de fake news relacionadas à eleição.
Os 11 primeiros dias da retomada da campanha concentraram quase a metade dos alertas de fake news. Entre 2 e 13 de outubro, foram registradas 5.869 comunicações.
Ao todo, o TSE repassou para análise das redes sociais na campanha deste ano 12.573 casos com suspeita de desinformação, o que representa um crescimento de 1.671% em comparação com as eleições municipais de 2020, quando foram registrados 752 encaminhamentos.
Uma vez alertadas pelo TSE, as plataformas acabaram adotando providências, como retirada ou suspensão, em 57% dos casos graves.
O tribunal atua em duas frentes para impedir a disseminação de notícias falsas:
- Na primeira, a área técnica filtra e analisa o material suspeito de fake news. Após a avaliação, o conteúdo é encaminhado para as plataformas, que decidem se retiram ou não, de acordo com suas normas internas.
- A segunda atuação na Corte é na área judicial, que envolve julgar as ações apresentadas pelas campanhas que discutem se as propagandas ou postagens nas redes sociais configuram desinformação.
Na sessão desta quinta-feira (20), o TSE aprovou resolução que busca dar mais agilidade ao processo de retirada do ar de fake news no período eleitoral e evitar a disseminação.
Ficou definido que o conteúdo falso poderá ser retirado do ar sem a necessidade de múltiplos processos judiciais.
O presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, disse que a disseminação de fake news aumentou consideravelmente na comparação com o primeiro turno.
“A partir do segundo turno houve um aumento não só das notícias fraudulentas, mas da agressividade dessas notícias, que leva a uma corrosão da democracia, o que pede um procedimento mais célere em relação à desinformação”, afirmou o presidente do TSE.