A cidade de Uvalde, no Texas, onde houve um massacre e m uma escola há cinco meses, suspendeu o órgão que era responsável pela segurança em colégios nesta sexta-feira (7).
No massacre, 19 estudantes e 2 policiais foram mortos.
Todas as atividades da polícia que atua nas escolas foram suspensas por um tempo ainda indefinido. A segurança nas escolas será responsabilidade do departamento de segurança pública. Dois policiais, o tenente Miguel Hernandez e Ken Mueller, foram colocados em licença administrativa.
Massacre de Uvalde, no Texas, é o maior dos últimos dez anos nos EUA
O departamento de polícia está sob investigação por sua resposta ao tiroteio em maio. Os policials demoraram para confrontar o atirador quando ele estava em uma sala de aula.
O distrito escolar disse que solicitou oficiais adicionais do Departamento de Segurança Pública do Texas para fornecer segurança ao campus.
Em agosto, o oficial responsável pela coordenação da resposta policial foi demitido. A rescisão do contrato do chefe de polícia do distrito, Pete Arredondo, foi uma unanimidade no conselho de escolas.
O secretário de Segurança Pública do estado já havia afirmado que Arredondo “colocou a vida dos policiais antes da vida das crianças” e tomou “decisões terríveis” durante o tiroteio.
Pior massacre em escola em uma década
O massacre de Uvalde, que aconteceu na Robb Elementary School em 24 de maio, foi o pior tiroteio registrado em uma escola dos Estados Unidos país em uma década.
A polícia foi muita criticada pela maneira como administrou a situação. Mais de 10 policiais esperaram quase uma hora do lado de fora de duas salas de aula onde acontecia o massacre, antes do início de uma operação que resultou na morte do atirador.
Em julho, legisladores texanos publicaram um relatório em que revelaram que entre a chegada do primeiro policial à escola e a morte do atirador passaram-se 73 minutos, um “período de tempo inaceitavelmente longo”, disseram eles. No documento, afirmam que a falta de liderança pode ter contribuído para a perda de vidas.
Em junho, congressistas aprovaram a primeira norma importante para o controle de armas em quase 30 anos, menos de 24 horas depois de a Suprema Corte reforçar o direito constitucional ao porte de armas.