Tecnologia da longevidade: um balanço de 2022 e o que vem por aí


Apesar de o ano ter sido ruim para as empresas do setor, a chamada Age Tech continua em expansão Mesmo que o ano tenha sido ruim para as empresas de tecnologia, com as gigantes Amazon e Meta (Facebook) perdendo valor de mercado, o volume de investimentos no segmento da gerontecnologia se manteve estável: somente nos Estados Unidos, recebeu 500 milhões de dólares (R$ 2.6 bilhões) em 2022.
Tecnologia: produtos e serviços voltados para a longevidade estão em expansão
Joshua Woronieck para Pixabay
Iniciativas que dão suporte ao setor foram mantidas, como o Longitude Prize on Dementia, prêmio criado no Reino Unido para estimular a produção de ferramentas, desenvolvidas em parceria com pessoas que se encontrem nos estágios iniciais de demência, com o propósito de ajudá-las a viver com independência. Aliás, as inscrições estão abertas até 26 de janeiro e os organizadores vão distribuir o equivalente a R$ 25 milhões.
Nos EUA, o Instituto Nacional para o Envelhecimento (NIA em inglês), realizou o primeiro Start-Up Challenge para pesquisadores e empreendedores bolarem produtos inovadores nesta área. Os 20 finalistas receberão mentoria por quatro meses para desenvolver seus projetos e o prêmio final será de mais de R$ 300 mil.
A Amazon também lançou um desafio para programadores aprimorarem as habilidades do assistente virtual Alexa com o objetivo de servir melhor o público sênior. O Google destinou R$ 52 milhões para a AARP (que representa os aposentados norte-americanos) ampliar as habilidades digitais dos seus associados. O YouTube Health investe na expansão de parcerias com centros de referência para oferecer conteúdos de qualidade sobre saúde.
Em relação a previsões, endosso a apresentação feita no dia 22 por Keren Etkin, criadora da plataforma The Gerontechnologist:
Como o mercado está longe da saturação, assistiremos ao surgimento de mais start-ups.
A inteligência artificial generativa será utilizada para combater o isolamento social e a solidão. Aqui vale uma rápida explicação: ela é capaz de produzir novos conteúdos, como textos e imagens, com base em informações existentes. Primeiro exemplo: ilustrações geradas a partir das descrições que fornecemos ao programa. Segundo exemplo: o ChatGPT (Generative Pre-trained Transformer), lançado no começo do mês pela OpenAI, é capaz de escrever textos e responder a todo tipo de pergunta. Pode muito bem ser aproveitado como companhia para idosos, porque sustenta diálogos de forma natural, como se fosse uma pessoa.
As gigantes de tecnologia vão cortejar os consumidores mais velhos porque (finalmente!) se deram conta do tamanho desse mercado.
Junto com a telemedicina, os cuidados de saúde estarão cada vez mais presentes dentro de casa.

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