Isso porque o MDB decidiu apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa estadual. A senadora tem repetido que vai respeitar a decisão do partido não só em São Paulo, mas em todos os estados.
A decisão fará com que a campanha petista divida as agendas. Quando Lula estiver com Haddad numa determinada agenda, Tebet estará em outra com Geraldo Alckmin.
Interlocutores da campanha preveem situações em que Lula pode subir no palanque só com Tebet, sem Haddad. Um dos coordenadores afirma que as campanhas de Lula e Haddad não serão necessariamente vinculadas o tempo todo, mesmo quando o presidente estiver em São Paulo.
Simone conversou bastante com equipe econômica da campanha sobre política fiscal e ouviu dos petistas que, de fato, não haverá teto de gastos, se Lula for eleito, e que ainda não há uma definição da âncora fiscal. Interlocutores da campanha de Lula, no entanto, disseram a ela que haverá superávit primário num eventual terceiro mandato – o que deixou Tebet satisfeita.
Em entrevistas, a senadora reclamou do fato de a campanha do PT não ter divulgado um programa de governo definitivo, com propostas mais detalhadas. O ex-ministro Alozio Mercadante, coordenador do programa de governo, quando questionado sobre isso, têm afirmado que as declarações de Lula sobre temas como economia e agronegócio são suficientes para demonstrar quais vão ser as políticas de um futuro governo.
Sobre a âncora fiscal, a resposta da campanha tem sido que não é possível detalhá-la sem saber qual é a situação das contas públicas que eles herdariam de Bolsonaro.