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Sensor de Oxigênio do Apple Watch Retorna aos EUA em Nova Atualização de Software

Em uma reviravolta inesperada, a Apple reativou a funcionalidade de medição de oxigênio no sangue para os modelos Apple Watch Series 9, Series 10 e Ultra 2 nos Estados Unidos. A decisão surge após uma disputa de patentes com a empresa de tecnologia médica Masimo, que havia forçado a Apple a desabilitar o recurso em novos relógios vendidos no país desde o ano passado.

A atualização, disponível através do iOS 18.6.1 e watchOS 11.6.1, foi possibilitada por uma recente decisão da Alfândega dos EUA. Segundo a Apple, os usuários nos EUA que atualmente não possuem o recurso de Oxigênio no Sangue terão acesso à funcionalidade redesenhada ao atualizar seus dispositivos. O processo de atualização é simples: basta acessar as configurações do iPhone e do Apple Watch e seguir as instruções para instalar as novas versões dos sistemas operacionais.

O que mudou com a atualização?

Uma das principais mudanças trazidas pela atualização é a forma como os dados do sensor são medidos e calculados. Anteriormente, o Apple Watch realizava essas operações de forma independente. Agora, com a nova versão do software, os dados brutos do sensor são enviados para o iPhone emparelhado, onde o cálculo é realizado. Os resultados podem ser visualizados na seção “Respiratório” do aplicativo Saúde.

Resta saber se a atualização manterá a capacidade de realizar leituras instantâneas de oxigênio no sangue diretamente no Apple Watch. Anteriormente, os usuários podiam usar o aplicativo específico para fazer medições a qualquer momento, além de acompanhar medições de fundo ocasionais. A Apple não esclareceu se essa funcionalidade será mantida na nova versão.

Implicações e Perspectivas

A reativação do sensor de oxigênio no sangue é uma notícia positiva para os usuários do Apple Watch nos EUA, que agora podem novamente usufruir de um recurso importante para monitorar a saúde respiratória. A medição do nível de oxigênio no sangue pode ser útil para detectar problemas como hipóxia (níveis baixos de oxigênio) ou variações significativas que podem indicar condições médicas subjacentes.

No entanto, a forma como a Apple implementou a solução, movendo o cálculo dos dados para o iPhone, levanta algumas questões. A dependência do iPhone para o processamento dos dados pode gerar preocupações sobre privacidade e segurança, especialmente em relação ao compartilhamento de informações de saúde. Além disso, a necessidade de ter o iPhone por perto para obter as medições pode ser um inconveniente para alguns usuários.

A disputa de patentes entre a Apple e a Masimo expõe as complexidades e os desafios da inovação tecnológica na área da saúde. A proteção da propriedade intelectual é fundamental para incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias, mas é preciso encontrar um equilíbrio que não prejudique o acesso dos consumidores a recursos importantes para o monitoramento da saúde.

Um Olhar para o Futuro

A reativação do sensor de oxigênio no sangue no Apple Watch é um lembrete de como a tecnologia pode impactar positivamente a nossa saúde. Ao mesmo tempo, a saga da disputa de patentes e a solução implementada pela Apple nos mostram que a inovação tecnológica na área da saúde é um campo complexo, repleto de desafios e incertezas. É fundamental que as empresas tecnológicas, os órgãos reguladores e a sociedade em geral trabalhem juntos para garantir que a inovação na área da saúde seja acessível, segura e benéfica para todos.

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