Senado dos EUA: disputa na Geórgia, crucial para o controle da Casa, vai para o 2º turno


Nenhum dos dois candidatos teve mais de 50% dos votos e, por isso, a decisão de quem será o senador pelo estado só vai acontecer em dezembro. Cédulas em Marietta, na Geórgia, em 8 de novembro de 2022
Cheney Orr/Reuters
A disputa pelo Senado dos Estados Unidos na Geórgia terá um segundo turno em dezembro, já que nenhum dos candidatos obteve a maioria simples (50%) de votos exigida por lei para vencer – noticiaram diferentes veículos da imprensa americana, como as redes CNN e NBC, nesta quarta-feira (9).
A corrida pelo Senado está indefinida: às 16h10 desta quarta-feira, o Partido Democrata tem 48 senadores, e os republicanos também têm 48.
Três estados podem decidir quem vai controlar a Casa: Nevada, Arizona e a Geórgia, que, só será decidida em dezembro. Portanto, pode ser que esse segundo turno na Geórgia acabe determinando qual dos dois partidos terá o controle do Senado.
O atual senador é o democrata Raphael Warnock. Ele concorre à reeleição e seu adversário é o republicano Herschel Walker, um ex-astro do futebol americano (apoiado por Donald Trump), voltarão a se enfrentar em 6 de dezembro, uma disputa que pode determinar qual partido controla essa Casa.
Antes de se tornar senador pela Geórgia em 2020, o democrata Raphael Warnock, de 53 anos, era um pastor que dava sermões do púlpito da Igreja de Atlanta, onde Martin Luther King oficiou.
Warnock foi eleito pela primeira vez em 2021 contra a senadora Kelly Loeffler, apoiada por Trump. Foi o primeiro negro eleito para o Senado para representar a Geórgia, um estado sulista de passado segregacionista.
Candidato de Trump
Herschel Walker, 60 anos, entrou tarde na política, com sua candidatura no Senado, que recebeu a bênção de Donald Trump.
Com vários recordes em sua trajetória, ele é considerado um dos melhores jogadores da história do futebol americano universitário.
Durante a campanha, defendeu firmemente a causa antiaborto, inclusive em casos de estupro. Foi, no entanto, acusado por uma mulher de tê-la pressionado a fazer um aborto em 1991, quando ainda era casado.
Uma segunda mulher afirma que, depois de fazer um aborto pela primeira vez durante um relacionamento com Herschel Walker, ele pediu-lhe que fizesse um segundo aborto, dois anos depois. Ela decidiu, então, não fazê-lo.

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