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Ruy Castro toma posse na Academia Brasileira de Letras


Escritor ocupará a cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao Acadêmico Sergio Paulo Rouanet, falecido no dia 3 de julho de 2022, aos 88 anos. Ruy Castro toma posse na ABL
Reprodução/Youtube ABL
O escritor e jornalista Ruy Castro tomou posse na Academia Brasileira de Letras na noite desta sexta-feira (3), no Petit Trianon, na sede da instituição no Centro do Rio.
Ruy Castro passa a ocupar a cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao Acadêmico Sergio Paulo Rouanet, falecido no dia 3 de julho de 2022, aos 88 anos. Ele foi recebido pelo acadêmico Antonio Carlos Secchin.
“É um privilégio estar sendo aceito nessa instituição cuja matéria prima é a palavra”, disse o jornalista, em seu discurso de posse. “Minha entrada nessa casa segue uma tradição de 125 anos. A ABI sempre foi a casa do operário da palavra”, afirmou. Durante o discurso, ele lembrou muitos “imortais” que, assim como ele, também foram jornalistas, desde o início da instituição.
Os ocupantes anteriores da cadeira 13 da ABI foram: Francisco de Assis Barbosa, Augusto Meyer, Hélio Lobo, Sousa Bandeira, Martins Júnior, Francisco de Castro e Visconde de Taunay, o fundador. O patrono é Francisco Otaviano.
Trajetória
Eleito para a ABL no dia 6 de outubro de 2022, Ruy Castro é escritor, jornalista e biógrafo. Nascido em Caratinga, no interior de Minas Gerais, mudou-se ainda nos primeiros anos de vida para a cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Ciências Sociais, na então Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) – atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – porém nunca atuou na área.
Ruy Castro começou a sua trajetória profissional como repórter, em 1967, no Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, e passou por todos os grandes veículos da imprensa carioca e paulistana. A partir de 1990, concentrou-se nos livros. É autor de biografias de Nelson Rodrigues, Carmen Miranda e Garrincha e de livros de reconstituição histórica sobre o samba-canção, a Bossa Nova, Ipanema e o Flamengo.
Parte de sua produção jornalística foi reunida em livros como “Um Filme é para Tempestade de Ritmos” e “O Leitor Apaixonado”. Escreveu também um ensaio sobre o Rio, “Carnaval no Fogo: Crônica de uma Cidade Excitante Demais”. Seus livros têm edições nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Polônia, Rússia, e Turquia.
Vencedor do Prêmio Esso de Literatura, do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e de quatro Jabutis. Em 2022, ganhou o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.

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