Rio Largo, AL, decide manter escola cívico-militar após fim de programa do Governo Federal


Município informou que vai custear com recursos próprios o modelo implantado pelo governo Bolsonaro. Em AL, outras duas escolas municipais que funcionavam no mesmo formato farão transição. Alunos da Escola Judith Paiva, em Rio Largo, desfilam pela cidade
Ascom
A Prefeitura de Rio Largo informou nesta sexta-feira (14) que vai manter o formato cívico-militar da Escola Municipal Judith Paiva, uma das três do estado que funcionam neste modelo, implantado durante o governo Bolsonaro. Nesta semana, o governo federal anunciou o fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim).
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A escola, que esse ano completa 73 anos, aderiu ao modelo cívico-militar em 2022. A unidade funciona no centro de Rio Largo e conta com 442 estudantes matriculados. O Município informou que vai custear a unidade com recursos próprios.
Esse formato de gestão se baseia na separação dos setores administrativo e pedagógico das escolas, na qual a parte pedagógica continua nas mãos de educadores civis, mas a gestão administrativa fica a cargo dos militares.
Além de Rio Largo, Alagoas tem outras duas unidades funcionando no mesmo modelo, uma em Maceió e uma outra em Maragogi. Na quinta-feira (13), após o comunicado de extinção do programa, as secretarias dos dois municípios informaram que não irão mais aderir ao modelo.
O modelo de escolas cívico-militares foi implementado em 2019 e era uma das principais bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto previa a atuação de militares na gestão administrativa das escolas, enquanto a parte pedagógica seguiria com educadores civis.
A ideia era diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar. Entretanto, o projeto foi criticado desde o início, e especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que faltavam de dados públicos que comprovassem a eficácia do modelo.
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