Novela de Carlos Lombardi foi exibida originalmente em 1994 e contou com o casal Babalu e Raí em uma das tramas. Letícia Spiller, Elizabeth Savala, Cristiana Oliveira e Betty Lago em “Quatro por Quatro”
Bazilio Calazans/Globo
“Quatro por quatro” entra para o catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (7). Exibida originalmente em 1994, a novela de Carlos Lombardi já foi exibida em mais de 10 países, além de ter sido reprisada em 1998, no “Vale a pena ver de novo”.
Para quem tem saudade da história cômica, o g1 relembra detalhes da trama e cita algumas curiosidades dos bastidores, com dados do Memória Globo.
O início da trama é marcado pelo encontro entre quatro mulheres: a dondoca Abigail (Betty Lago), a dona de casa Auxiliadora (Elizabeth Savala), a tímida secretária Tatiana (Cristiana Oliveira) e a manicure Babalu (Letícia Spiller).
As quatro acabam presas em uma mesma cela após um acidente. E é lá que começam um projeto de vingança contra seus ex-amores
Fora da prisão, elas se tornam amigas e cúmplices, e sempre que possível, tentam armar contra Gustavo (Marcos Paulo), Alcebíades (Tato Gabus Mendes), Fortunato (Diogo Vilela) e Raí (Marcello Novaes).
“As quatro mulheres se destacaram muito, eram personagens muito bons, com destaque para Betty Lago e para Letícia, porque elas eram novidades. Letícia Spiller foi um arraso fazendo Babalu. Foi um grande estouro. Os maridos também eram muito interessantes”, afirmou Carlos Lombardi na época.
“O Tato Gabus é um excelente comediante, o Marcelo Novaes fez o Raí muito bem, o Marcos Paulo fazia o mais vilão de todos. E esse personagem do Humberto foi o upgrade para ser protagonista, mostrou que fazia muito bem. Teve muita gente que deu certo ali. Tinha um elenco muito bom”, seguiu o autor.
Em paralelo, a novela também contava a história de dois homens disputando uma filha. Os primos Bruno (Humberto Martins) e Gustavo (Marcos Paulo), ambos médicos, disputam a guarda de Ângela (Tatyane Fontinhas Goulart).
Marcello Novaes e Letícia Spiller em “Quatro por Quatro”
Bazilio Calazans/Globo
Letícia Spiller se destaca como atriz
Ex-paquita do programa “Xou da Xuxa”, Letícia Spiller já havia feito outros trabalhos como atriz anteriormente, mas foi com a novela que ganhou destaque na atuação, vencendo diversos prêmios como Atriz Revelação.
Letícia interpretou a manicure Babalu uma personagem sexy, desbocada e barraqueira. O figurino da personagem ganhou as ruas na época. Minissaias e microshorts, tamancões com meias soquetes coloridas, blusas ciganas de elástico com os ombros à mostra e arquinhos no cabelo viraram moda.
Assim como a margarida artificial usada pela personagem para prender o rabo de cavalo, que também virou sucesso.
O vocabulário de Babalu também foi além da TV e caiu na boca do povo. “Bofe”, “mona”, “babado” e “é uó” eram algumas das palavras frequentemente usadas pela manicure.
Letícia Spiller, Elizabeth Savala, Betty Lago e Cristiana Oliveira em “Quatro por Quatro”
Arley Alves/Globo
Curiosidades
Inicialmente, a novela teria apenas 150 capítulos, mas foi esticada devido a seu grande sucesso.
As meias de Babalu eram uma referência às meias lurex que fizeram sucesso na novela ‘Dancin’ Days’ (1978).
Todos os modelos de tamanco usados pela personagem foram comprados em dose dupla, para evitar que um pé quebrasse e não pudesse ser reposto.
Letícia Spiller conta que se inspirou na Mônica, personagem dos quadrinhos de Mauricio de Sousa, para compor a manicure suburbana. A bolsinha com que ela acertava Raí (Marcello Novaes), toda vez que se irritava com ele, fazia as vezes do coelhinho Sansão.
Já o ator Kadu Moliterno se inspirou no personagem Mário Fofoca, interpretado por Luiz Gustavo na novela ‘Ti-Ti-Ti’ (1985), para criar o detetive atrapalho Samuel Spadafora.
Humberto Martins, Tatiane Fontinhas e Marcos Paulo em “Quatro por Quatro”
Arley Alves/Globo
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