Como a mudança ainda causa dúvidas, o g1 reuniu algumas das principais perguntas feitas na internet sobre o assunto e mandou para especialistas de duas marcas de antenas.
Veja as respostas abaixo.
O sinal da parabólica antiga está previsto para ser desligado no início de 2024. Se for necessário, esse prazo poderá ser estendido até 31 de dezembro de 2025.
A mudança acontece por conta da ativação da nova geração da internet móvel, o 5G, que opera em faixas de frequência próximas à do sinal da parabólica antiga e pode causar interferências.
A faixa é como uma “estrada” no ar, por onde os sinais trafegam.
Helio Cesar, supervisor de Novos Negócios da Century, diz que o sinal do 5G é mais potente que o da parabólica. “As frequências estão muito próximas, e isso faz com que o sinal do 5G interfira na parabólica antiga, tornando impossível a convivência das duas tecnologias”, explica.
Com o fim do sinal antigo, uma alternativa será usar a nova parabólica, que funciona em outra faixa.
Depende de qual antena você está usando. A antiga parabólica, que funciona na faixa de frequência conhecida como Banda C, a mesma da internet 5G, é capaz de receber tanto o sinal analógico quanto o digital. No segundo caso, porém, ela precisa de um receptor de TV digital.
Já a nova parabólica, que funciona na Banda Ku, recebe somente o sinal digital. É o mesmo caso das antenas “espinha de peixe” e interna. Veja abaixo a diferença entre elas.
Diferença das antenas parabólicas para as digitais (3) — Foto: Arte/g1
A parabólica é uma espécie de rebatedor do sinal que vem do satélite do tipo geoestacionário, que fica a cerca de 35.000 km da Terra.
Esse sinal é rebatido para o captador (também conhecido como LNB, sigla em inglês para “conversor de baixo ruído”), que fica no centro da estrutura.
O sinal recebido no captador é convertido e, então, é processado pelo receptor que fica próximo à TV.
Sinal que vem do satélite é convertido pelo captador, que fica na haste da antena — Foto: Reprodução/TV Globo
A nova parabólica mantém o sinal de TV gratuito e oferece imagem e som com mais qualidade do que as antenas antigas, além de novos canais e programação regional.
“Este tipo de sinal é muito indicado para quem está longe dos grandes centros, onde a oferta de canais locais é reduzida, especialmente na zona rural”, explica Helio Cesar, da Century.
Vários fatores podem causar problemas com a nova parabólica. Alguns dos mais frequentes envolvem o apontamento da antena e a montagem de conectores, explica o cofundador da Vivensis, Yvan Cabral.
Ele também diz que é importante atentar para o local em que a antena será colocada. “Quanto mais alta e fora do alcance de crianças e animais, menos problemas ela apresentará”, afirma.
A nova parabólica tem uma instalação simples e só precisa ser colocada em um local que não tenha obstáculos para a comunicação com o satélite, como árvores ou construções.
A recomendação é deixá-la em locais altos, como paredes, telhados ou lajes. A orientação é que ela seja instalada por um profissional especializado.
O kit da nova parabólica, incluindo antena, receptor, controle e cabos, custava entre R$ 500 e R$ 700 em lojas na internet, no começo de 2023.
Mas existem alternativas mais baratas, como as antenas “espinha de peixe”, que custam cerca de R$ 70, e as antenas internas, que podem ser encontradas por aproximadamente R$ 30.
É possível solicitar a nova antena de graça se você atender a dois requisitos:
Além disso, é preciso que a sua cidade já ofereça a troca de equipamentos. Atualmente, isso acontece nas capitais e em outros 480 municípios.
Para saber se você pode solicitar a nova parabólica, e se pode começar o processo, entre neste site ou ligue para 0800 729 2404.
O site e o aplicativo do CadÚnico permitem consultar se você está em algum programa social. Para isso, basta informar seus dados pessoais.
Os sistemas de TV da nova parabólica têm recursos para você adicionar canais por conta própria. Mas a dica é deixar a sintonia dos canais com um técnico, que faz o apontamento correto da antena para o satélite e deixa os canais configurados para o cliente, conta Yvan Cabral, da Vivensis.
“Na prática, o consumidor só precisa usar o controle remoto e navegar para o canal que deseja. É muito similar ao que tem hoje com o conversor digital e os decodificadores de TV a cabo, em que a gente liga e já estão lá todos os canais”, diz.
Como a nova parabólica usa sinal digital, é muito improvável que existam chuviscos na imagem, como acontecia no sinal analógico. Por outro lado, pode haver problemas na qualidade do sinal, o que causa congelamentos constantes na imagem.
“Neste caso, o mais indicado é solicitar a visita de um técnico especializado em antenas para verificar o que está ocorrendo”, orienta o representante da Century.
O profissional poderá fazer testes com os equipamentos, incluindo a antena, o captador e o receptor.
A revisão também inclui “uma análise dos conectores e da localização dos cabos, pois se estiverem próximos da rede elétrica podem gerar um campo eletromagnético, o que atrapalha a transmissão”, diz o especialista da Vivensis.
G1 Explica: a revolução do 5G
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