Protestos no Irã: 'Você não imagina o quanto me bateram na prisão'

Investigação da BBC revela que mulheres presas nos protestos estão sendo submetidas à violência e tortura nas mãos das autoridades nos centros de detenção espalhados pelo país. Em mais de três meses de protestos no Irã, milhares de manifestantes foram presos — muitos deles, mulheres.
Uma investigação da BBC revelou que essas mulheres estão sendo submetidas à violência, tortura e assédio sexual nas mãos das autoridades nos centros de detenção espalhados pelo país.
As famílias delas são frequentemente ameaçadas, e elas são impedidas de se manifestar, mas os poucos relatos que vêm à tona mostram um quadro sombrio do tratamento dado às mulheres.
Neste vídeo, você confere alguns depoimentos dados à BBC, como o de Yalda Agha Fazli, de 19 anos.
“Nunca me bateram tanto nos meus 19 anos de vida como nos últimos 12 a 13 dias. Você não pode nem imaginar o quanto eles me bateram”, contou Yalda, após ser liberada de uma das prisões de Teerã.
Os protestos começaram em setembro deste ano em resposta à morte de uma jovem que estava sob custódia da polícia da moralidade em Teerã.
Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida por supostamente não cumprir o rígido código de vestimenta do país, que exige que as mulheres cubram a cabeça e usem hijab.
Desde então, os manifestantes desafiam a repressão mortal das forças de segurança, que já deixou centenas de mortos.
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