Preços médios da gasolina e do etanol voltam a subir nos postos após reoneração do ICMS, mostra ANP


Levantamento é referente à semana de 11 a 17 de fevereiro. Calculadora do g1 te ajuda a escolher a opção mais vantajosa na hora de abastecer. Posto de gasolina combustível
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O preço médio do litro da gasolina subiu pela 2ª semana seguida nos postos de combustíveis do país. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta terça-feira (20). A pesquisa é referente à semana de 11 a 17 de fevereiro.
Veja a variação de preços no período:
▶️ Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,76.
O valor representa uma alta de 0,17% em relação aos R$ 5,75 da semana anterior.
O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,97, segundo a ANP.
▶️ Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, subiu para R$ 3,58.
O valor representa um aumento de 0,85% de frente aos R$ 3,55 da semana anterior.
O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 5,99.
▶️ Diesel: Já o litro do diesel recuou, encontrado, em média, a R$ 5,90.
O valor representa uma queda de 0,17% frente aos R$ 5,91 da semana anterior.
O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,95.
Veja mais abaixo, na calculadora do g1, qual a opção mais vantajosa na hora de abastecer.

Calculadora do g1
Confira qual combustível vale mais a pena:

Como funciona a calculadora?
O cálculo médio é feito a partir do preço e do rendimento de cada combustível. Com a oscilação dos valores da gasolina e do etanol nos postos, a opção mais vantajosa pode variar.
Segundo especialistas, o etanol vale mais a pena quando está custando até 70% do preço da gasolina. Entenda o cálculo.
Aumento do ICMS
Os preços dos combustíveis nas bombas ainda sentiram os reflexos da elevação de 12,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, a gasolina e o gás de cozinha. A medida, que vale para todos os estados, entrou em vigor no dia 1º de fevereiro.
O aumento já havia sido anunciado em outubro de 2023, após deliberação do Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz). Segundo o Comitê, o ajuste se justifica pela inflação no período.
A medida marcou o fim de um processo de isenções e reonerações de impostos sobre combustíveis que vem desde 2021.
De março daquele ano até fevereiro de 2024, foram pelo menos 13 anúncios importantes de mudanças nos impostos sobre gasolina, diesel, etanol e gás natural veicular (GNV) — sendo sete só em 2023. (veja a linha do tempo no fim desta reportagem)
Reajustes pela Petrobras
A Petrobras anunciou em 26 de dezembro a redução do preço médio do diesel vendido às distribuidoras, passando de R$ 3,78 para R$ 3,48 o litro — uma queda de R$ 0,30. A mudança passou a valer no dia seguinte.
No caso da gasolina, o último ajuste de preço feito pela petroleira ocorreu em 19 de outubro de 2023. A redução, de R$ 0,12 por litro, diminuiu o valor cobrado nas refinarias para R$ 2,81. A medida entrou em vigor no dia 21 do mesmo mês.

Mudança na política de preços
A petroleira anunciou em maio de 2023 mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
A companhia explicou que seus preços para as distribuidoras estariam no intervalo entre:
o maior valor que um comprador pode pagar antes de querer procurar outro fornecedor;
e o menor valor que a Petrobras pode praticar na venda mantendo o lucro.
Vale lembrar que os valores praticados pela petroleira não são os mesmos dos postos de combustíveis. Os preços nas bombas também levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Economia brasileira tem alta de 2,45% em 2023, aponta BC
Trajetória dos impostos sobre combustíveis.
Kayan Albertin/Editoria de Arte g1
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