Praia onde menina foi atacada por tubarão em Noronha tem faixa de areia liberada a partir da sexta e ICMBio propõe estudo para pesca de tubarões | Viver Noronha

O banho de mar no Sueste segue proibido, sem previsão para retorno. A prática de mergulho no local ficou suspensa por dois meses, após o ataque, mas voltou a acontecer com novas regras no dia 28 de março.

Placa de sinalização para perigo de ataque de tubarão na Praia do Sueste — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

As novas medidas foram discutidas na reunião extraordinária dos conselhos de Turismo e Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA), na terça-feira (28), no auditório do ICMBio.

O ataque de tubarão ocorreu no dia 28 de janeiro. Segundo o Hospital Português, onde a garota atacada por um tubarão foi atendida no Recife, a menina teve a perna amputada.

Mergulho no Sueste deve ser feito com grupo mínimo de quatro pessoas — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Entre as determinações de segurança, foi decidido que o mergulho só pode ser feito em grupo com boia de sinalização. O Sueste deverá ficar fechado sempre que a água está turva. Quando há avistamento de tubarão-tigre, a praia também não é liberada para mergulho.

O tubarão-tigre foi indicado pelos pesquisadores como espécie responsável pelo ataque a menina. Também foi essa espécie que, em 2015, mordeu o turista Márcio de Castro, também na Praia do Sueste. O visitante perdeu a mão e parte do braço.

Depois do ataque à menina, o ICMBio instalou placas com alerta de perigo no Sueste e nas outras praias do Parque Nacional Marinho, como a do Leão e do Sancho.

Conselheiro Ailton Júnior quer a pesca de tubarão em Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

O conselheiro distrital Ailton Júnior sugeriu que seja realizada a pesca de tubarão para evitar novos ataques. Ao final de reunião, a chefe do ICMBio, Carla Guaitanele, informou que vai criar um grupo de trabalho para estudo para captura de tubarões, numa ação de manejo.

“Nós vamos propor aos conselheiros da APA a criação do grupo de trabalho para analisar o manejo de tubarão. Esse grupo deve levantar informações, conversar com especialistas e gerar relatórios para subsidiar a decisão do Conselho Gestor da APA”, declarou.

A pesquisadora Sibele Alves Mendonça, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), foi contratada pelo ICMBio para realizar o monitoramento do Sueste com equipe a do instituto e condutores de visitantes da área.

Na reunião, a estudiosa apresentou testes de metodologia para mitigação de incidentes com tubarões em Noronha. Ela relatou ações desenvolvidas na ilha, como observação do Sueste em mergulhos, monitoramento com apoio de drone e gravações submarinas com equipamento remoto.

Pesquisadora Sibele Mendonça apresentou primeiros resultados do estudo — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

A pesquisadora relatou, ainda, experiências para tentar evitar ataques promovidas no Grande Recife e vários pontos do mundo. Sibele Mendonça trabalha com tubarões desde 2007 e realiza estudo em Noronha há três meses, tempo que considera insuficiente para indicar ações prementes.

O engenheiro de pesca, Léo Veras, defendeu a instalação de uma rede de contenção no Sueste com a formação de uma área reservada para o banho.

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