O governo da Polônia quer que os refugiados ucranianos comecem a pagar parte de sua moradia e alimentação fornecidas pelo governo no início do próximo ano, disse o gabinete do primeiro-ministro polonês na terça-feira, e o Conselho de Ministros adotou um projeto de lei para esse fim, que deve ser aprovado facilmente em Parlamento.
A Polônia sofreu o maior êxodo da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com milhões de ucranianos fugindo da guerra entrando no país desde fevereiro.
A maioria mudou-se para outros países ou voltou para casa, mas, desde o início deste mês, quase 1,5 milhão cidadãos da Ucrânia foram registrados como refugiados na Polônia.
Até o final do ano, a Polônia terá gasto mais em habitação, saúde e outros serviços para os ucranianos do que qualquer país europeu, de acordo com um estudo recente do Instituto Econômico Polonês. Mas como o país, como grande parte da Europa, lida com a inflação e os altos preços da gasolina, há sinais de que o cansaço pode estar se instalando em alguma fatia do eleitorado polonês.
As novas medidas, que devem entrar em vigor em 1º de março de 2023, serão aplicadas aos refugiados ucranianos que permaneceram no país por mais de quatro meses.
A resolução propõe que os cidadãos ucranianos que ficam em “centros de acomodação coletiva”, que são alojamentos financiados pelo governo, sejam cobrados por 50% de seus custos de moradia, até US$ 8,83 por dia por pessoa, se permanecerem na Polônia por mais de 120 dias.
Refugiados que permanecerem mais de 180 dias serão cobrados por 75% de seus custos de moradia, até US$ 13,25 por dia por pessoa.
As pessoas que não podem trabalhar por causa de deficiência, idade, gravidez ou necessidade de cuidar de crianças ficarão isentas de fazer esses pagamentos, informou o gabinete do primeiro-ministro.
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