Policiais federais veem inação dos órgãos de segurança para coibir atos de vandalismo de bolsonaristas em Brasília


Bolsonaristas tentaram invadir o prédio na segunda-feira, após um apoiador ter sido preso. Na sequência, incendiaram oito veículos, entre carros e ônibus. Ninguém foi preso. Carro é incendiado em frente à posto de gasolina na noite desta segunda-feira (12), em Brasília.
Adriano Machado/Reuters
Policiais federais estão constrangidos com a falta de ação dos órgãos de segurança para dar uma resposta aos atos de vandalismo contra a sede da instituição em Brasília, na segunda-feira (12).
Bolsonaristas tentaram invadir o prédio após um apoiador ter sido preso. Na sequência, incendiaram oito veículos, entre carros e ônibus.
De forma reservada, o blog conversou com delegados e agentes da corporação, que criticaram o fato de ninguém ter sido preso até agora. Um policial classificou como “completo absurdo” e outro disse que a categoria está “envergonhada”.
Anderson Torres, ministro da Justiça, órgão responsável pela Polícia Federal, é visto como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro. Também é influente na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, de onde saiu para ocupar o ministério.
A Secretaria de Segurança Pública admitiu que a estratégia no momento dos atos de vandalismo foi dispersar os bolsonaristas radicais. Depois, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. O departamento de Inteligência da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal deve apurar o dano ao patrimônio da PF, a lesão de um policial e a tentativa de invasão do edifício-sede.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro e o governo do Distrito Federal informe quais providências foram tomadas para coibir os atos de vandalismo.

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