Polícia e MP do Pará pedem provas ao governo Bolsonaro sobre alegações de Damares de tráfico de crianças na Ilha do Marajó; veja ofícios | Blog da Andréia Sadi

A Polícia Civil e o Ministério Público do Pará (MPPA) pediram ao governo Bolsonaro provas sobre as alegações da ex-ministra Damares Alves sobre crimes na ilha de Marajó. Ela alega, sem provas, que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

O ofício foi enviado à atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, nesta terça (11), “a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis possam ser adotadas”, diz nota do MPPA.

A fala de Damares aconteceu durante um culto em uma Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), no dia 8 de outubro. Na ocasião, a ex-ministra disse que os supostos crimes foram descobertos pela comitiva presidencial em uma visita ao Arquipélago do Marajó. Damares alegou ainda que o ministério tinha documentos sobre esses crimes.

“O Ministério Público do Estado do Pará solicita que seja encaminhada documentação existente nesse Ministério, no prazo de 05 dias, bem como eventuais esclarecimentos a respeito de medidas tomadas sobre os fatos alegados, a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis adotadas”, diz o ofício do MP.

Ofício do Ministério Público do Pará que pede provas a governo Bolsonaro sobre acusações de Damares Alves de supostos crimes na Ilha do Marajó — Foto: Ministério Público do Pará

Os promotores que assinam o ofício afirmam não ter nenhuma denúncia ou prova sobre os supostos crimes narrados no vídeo.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, também remeteu ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pedindo “com máxima urgência” os documentos, mídias e “tudo o mais que possa subsidiar o desenvolvimento dos necessários procedimentos investigatórios”.

Ofício da Polícia Civil que pede provas sobre alegações de Damares de supostos crimes na Ilha do Marajó — Foto: Polícia Civil do Pará

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