PGR ouve Carla Zambelli sobre deputada ter sacado arma e perseguido homem em SP

Assessoria da parlamentar diz que Zambelli explicou os fatos e defendeu que não houve ilegalidade; na véspera do segundo turno, ela sacou arma contra um homem em área pública e o perseguiu. PGR não se manifestou. Caso Carla Zambelli: o que mostram os vídeos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tomou o depoimento da deputada Carla Zambelli (PL-SP) sobre a perseguição armada contra a um homem, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições. Ela foi ouvida por videoconferência, já que está nos Estados Unidos.
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A informação foi confirmada pela assessoria da deputada. A PGR não se manifestou. O depoimento foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, relator de um pedido de investigação contra a parlamentar feito pelo PT e advogados.
A partir do depoimento, a PGR deve avaliar se pede uma investigação formal da parlamentar, ou se é o caso de seguir com uma apuração formal. Outra hipótese é arquivar a investigação.
Segundo a assessoria da parlamentar, Zambelli explicou porque sacou a arma e defendeu que a conduta não se revestiu de nenhuma ilegalidade.
A nota da assessoria afirma que a deputada lembrou que estava acompanhada do filho, que foi ameaçada e recebeu ofensas à sua honra.
A deputada teria dito ainda que, no dia anterior aos fatos, teve seu número de telefone divulgado em redes sociais, tendo recebido inúmeras mensagens com ameaças de morte e xingamentos.
A assessoria afirmou também que a “defesa da deputada esclarece que não existe nenhuma ação penal em andamento, tratando-se tão somente de um procedimento de apuração preliminar, a qual acredita conduzirá ao arquivamento do caso”.
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Apuração
Na decisão em que autorizou a oitiva, Gilmar Mendes disse que os fatos em questão envolveriam, em tese, os delitos de porte ilegal e disparo de arma de fogo.
O ministro citou que o caso deve ser investigado pelo STF porque os fatos ocorreram “no exercício do atual mandato de parlamentar federal e em razão de discussões políticas relativas às eleições e ao posicionamento político-partidário da Deputada Federal”.
Segundo o ministro, o depoimento imediato da deputada é uma medida necessária e adequada para esclarecer eventual investigação. Mendes disse que é preciso imprimir celeridade na apuração dos fatos.
“Ainda que tal depoimento já tenha sido prestado em primeiro grau, a reinquirição da parlamentar pelo promotor natural do caso constitui medida útil ao regular desenvolvimento das investigações, razão pela qual deverá ser imediatamente realizada pela PGR, tendo em vista inclusive a relevância do caso e a necessidade de se imprimir um ritmo adequado a este procedimento investigativo, em observância à dimensão objetiva do princípio da razoável duração do processo”, escreveu.
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