A Procuradoria-Geral da República defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha as prisões preventivas de denunciados por atos golpistas do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A Procuradoria argumentou, entre outros pontos, que a soltura dos vândalos pode oferecer risco para as investigações e evitar até mesmo que sejam organizados novos ataques.
Segundo o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, “não se pode desconsiderar o risco efetivo de reiteração dos atos criminosos e antidemocráticos”.
Nas manifestações obtidas pela TV Globo, Santos afirmou que há risco para destruição de provas.
“Em liberdade, os agentes relacionados poderão encobrir os ilícitos e alterar a verdade sobre os fatos, sobretudo mediante coação a testemunhas e outros agentes envolvidos e ocultação de dados e documentos que revelem suas ligações com terceiros. A constrição cautelar evitará a obstaculização da ampla apuração dos fatos e a destruição de provas”.
Até agora, a Procuradoria denunciou pessoas ao STF por participação nos atos. Eles são acusados de associação criminosa e de incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.