Pedaços de esmalte intrincados de uma família de joias indianas históricas

Desde sua fundação em 1852, o Jaipur, Índia, empório de joias da palácio de gemas é conhecida por seus deslumbrantes diamantes, rubis e safiras. Mas Siddharth Kasliwalsócio do Gem Palace e diretor criativo do Munnu the Gem Palace – o ateliê de Nova York fundado por seu falecido pai, mundo — tem um segredo. “Comprar e cravar pedras é muito fácil”, afirma. “É a esmaltação que é difícil. O trabalho com esmalte tornou nossa família o que é, e é onde está o verdadeiro artesanato.” Agora, quase sete anos depois de projetar sua última coleção, ele revela um novo grupo de peças esmaltadas que celebram essa arte negligenciada e, segundo ele, subestimada.

Uma das formas mais antigas de decoração de superfícies, a esmaltação foi trazida para a Índia pelos persas no século XVII. Na oficina de Kasliwal em Jaipur, os artesãos iniciam o processo gravando ouro com ferramentas ultrafinas antes de aplicar pigmento pastoso feito de vidro em pó e queimar tudo em um forno. “A gravura e a pintura exigem uma mão extremamente firme”, diz Kasliwal, acrescentando que “o esmalte pode quebrar se for disparado incorretamente”. Kasliwal emprega cerca de oito esmaltadores, mas, diz ele, “talvez apenas três sejam mestres esmaltadores. Como o trabalho é muito tedioso, os esmaltadores tendem a se aposentar cedo, antes mesmo de completar 50 anos.”

Os antepassados ​​de Kasliwal eram artesãos especializados em esmalte baseados em Agra quando Jaipur foi fundada no início de 1700. “O marajá ficou tão impressionado com o trabalho deles que os convidou a se mudar para a cidade na década de 1780”, diz Kasliwal. Devotos infames da opulência, os marajás esmaltavam “tudo”, diz ele, incluindo “cabos de adagas, estojos de espadas, jogos de xadrez, caixas de rapé e, é claro, joias”. Um colar incrustado de pedras normalmente apresenta uma parte traseira elaboradamente esmaltada, o que não apenas evita que as roupas fiquem presas, mas também incorpora o conceito de prazer do usuário – a ideia de beleza privada invisível. “Na Índia, um conhecedor pode avaliar o valor de um colar de diamantes observando a qualidade do esmalte no reverso”, diz Kasliwal.

Entre as peças de sua nova coleção estão brincos com detalhes em esmeralda com um design engenhoso de dupla face, bem como anéis de papagaio caprichosos com fitas coloridas microfinas ao redor das gargantas dos pássaros. O bico de um papagaio é de um vermelho tão profundo e brilhante que se assemelha ao rubi pendurado em sua ponta. Nem todo esmalte, diz Kasliwal, é produzido com tanto esmero, com materiais de alta qualidade. “O esmalte pode ser tão vermelho apenas porque o fazemos em ouro de 22,5 quilates”, diz ele. “Você pode esmaltar do jeito que os franceses fazem – eles usam 18 quilates – mas o resultado não é o mesmo.”

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