Partidos com ministérios deram mais votos contra do que a favor do governo em saidinhas, fake news e veto de Lula a trecho da LDO


Governo Lula (PT) sofreu derrotas em votações de vetos presidenciais no Congresso nesta terça-feira (28).
Os senadores e deputados de partidos que têm ministérios na gestão Lula (PT) deram, em conjunto, mais votos contra do que a favor ao posicionamento do governo em 3 das 4 votações nominais ocorridas no Congresso Nacional nesta terça-feira (28).
Ao todo, 12 partidos têm representantes em ministérios.
Veja os números:
Derrubada do veto de Lula à lei que proíbe as saidinhas de presos: os partidos com ministério deram 173 votos contra o governo, e 123 a favor;
Manutenção do veto de Bolsonaro à criminalização das fake news eleitorais: 197 votos contra o governo Lula (manutenção do veto), e 125 a favor;
Derrubada do veto de Lula a trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tenta restringir gastos do governo que poderiam ofender valores conservadores: 124 votos a favor e 242 contra;
Manutenção do veto de Lula ao trecho da LDO que impunha um calendário para pagamento de emendas parlamentares: 220 votos a favor e 79 contra, em única vitória do governo nas votações nominais.
Plenário do Congresso Nacional durante votações desta terça-feira (28).
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Total por partido
Os 12 partidos que comandam ministérios somaram o seguinte placar de votos contrários ao governo nas quatro votações nominais:
PP: 151
PSD: 143
UNIÃO: 139
Republicanos: 121
MDB: 85
PDT: 27
PRD: 16
PSB:7
PT :2
PCdoB: 0
PSOL: 0
Rede: 0
O PP foi o partido que mais deu votos contrários na maioria das votações: 151. Já o PSOL e o PCdoB foram os únicos a dar todos os votos a favor nas quatro votações.
Mesmo o PT, partido de Lula, teve dois votos contrários ao governo.
Votações simbólicas
Além das três derrotas em votações nominais no Congresso, o governo federal também perdeu outras duas votações simbólicas na Câmara. Nas votações simbólicas, não são computados os votos individuais.
A Câmara aprovou um projeto que suspende trechos de decreto de Lula sobre armas e permite clubes de tiro a menos de 1 km de escolas;
Os deputados também aprovaram um projeto de lei que taxa em 20% compras de até US$ 50 em sites internacionais – Lula era contra, mas disse que aceitava negociar;
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