De janeiro a outubro, cidade registrou 337 acidentes, contra 247 no mesmo período de 2021. Paris avalia proibir patinetes elétricos após aumento de acidentes
Reuters
A Câmara Municipal de Paris está considerando proibir os 15 mil patinetes elétricos da cidade devido a preocupações com a segurança pública nas calçadas da cidade.
Neste ano, Paris registrou 337 acidentes com patinetes e veículos similares nos primeiros oito meses do ano, de 247 no mesmo período de 2021.
Em 2021, 24 pessoas morreram em acidentes relacionados a patinetes na França, incluindo um em Paris.
A Câmara Municipal de Paris considera não renovar as licenças dos três operadores – Lime, Dott e Tier – que expiram em fevereiro de 2023. O seu voto é apenas consultivo e a decisão, prevista para as próximas semanas, cabe prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
O vice-prefeito David Belliard, um político do partido verde responsável pelo transporte em Paris, disse ao jornal Le Parisien na semana passada que os incômodos causados pelos patinetes agora superam as vantagens para a cidade.
Cidades em todo o mundo estão apertando os regulamentos sobre os patinetes, limitando o número de operadores, velocidade e áreas onde podem estacionar.
Os patinetes elétricos são acessados por meio de aplicativos de celulares e operam em Paris desde 2018, mas após reclamações sobre sua implementação de forma desorganizada, Paris reduziu, em 2020, o número de operadoras para três.
A Prefeitura firmou um contrato de três anos, exigindo que a velocidade fosse limitada a 20 km/hora e impôs áreas de estacionamento específicas.
As operadoras ofereceram mais regulamentações, incluindo verificações de identidade para garantir que os usuários tenham mais de 18 anos, fixação de placas nos patinetes para que a polícia possa identificar infratores de trânsito e impedir o transporte de mais de um passageiro.
As três empresas dizem que os patinetes fornecem uma alternativa de baixo carbono para metrôs lotados e carros poluentes.
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