Lula critica quem debate estabilidade fiscal sem tratar da questão social, e mercado reage mal
Aliados do presidente eleito Lula (PT) avaliaram ao blog que o petista errou ao dizer que “o mercado fica nervoso à toa”.
Nesta quinta (10), ao discursar em Brasília, Lula questionou: “Por que as pessoas são levadas a sofrer por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal no país?”.
Alguns analistas do mercado financeiro reagiram mal a essa declaração e, ao ser questionado sobre a repercussão negativa, Lula respondeu: “O mercado fica nervoso à toa. Eu nunca vi um mercado tão sensível como o nosso.”
O dólar fechou esta quinta-feira com alta de 4%, motivada por incertezas de analistas do mercado sobre a política fiscal do futuro governo Lula e em razão do relatório de inflação, que apresentou alta acima das estimativas do mercado financeiro.
Para aliados de Lula, o presidente eleito deveria buscar ter os analistas do mercado financeiro como aliados. Dizem, ainda, que Lula precisará fazer sinalizações sobre qual será a política fiscal do futuro governo.
Caso contrário, alertam esses aliados, o dólar continuará subindo, assim como a inflação e, assim, o governo “dará com uma mão” o Auxílio Brasil de R$ 600 e irá “tirar com a outra” com os preços em alta.
‘É preciso um ministro da Economia para evitar ruído’, diz Tebet sobre governo Lula
Futuro ministro da Fazenda
Aliados de Lula ouvidos pelo blog avaliam que o presidente eleito deveria seguir a sugestão da senadora Simone Tebet (MDB-MS), integrante da equipe de transição, e anunciar o nome do futuro ministro da Fazenda.
Assim, avaliam, Lula conseguirá sinalizar ao mercado financeiro que o futuro governo terá responsabilidade fiscal e não entrará num novo período de gastança.
O blog já apurou, porém, que Lula tem dito a aliados que só anunciará o novo ministério em dezembro.
Dentro da equipe de transição, assessores de Lula destacam que o mercado já vinha concordando em dar uma “licença par gastar” neste início de novo governo, diante da necessidade de bancar programas como o Auxílio Brasil de R$ 600.
O que está faltando, reconhecem auxiliares, é indicar o que vem do outro lado, do controle das despesas. Até agora, admitem interlocutores de Lula, só se falou em aumento de gastos, e nada praticamente sobre segurar as despesas.
Bolsa Família fora do teto
O mercado financeiro também reagiu mal à decisão da equipe de transição de excluir, de forma permanente, o orçamento do Bolsa Família do teto dos gastos.
A opção foi criticada até por economistas que apoiaram a eleição de Lula, e gera dúvidas entre investidores sobre o real compromisso fiscal do novo governo.
Segundo eles, a exclusão temporária do Bolsa Família do teto é considerada como algo necessário, mas não pode ser permanente. O governo precisa viver dentro de suas possibilidades, alertam aliados de Lula, porque, caso contrário, as incertezas na economia vão aumentar.
Na manhã de sábado, 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,…
Certificado lista destinos em áreas costeiras que tiveram compromisso com a preservação ambiental e o…
Gisèle Pelicot abriu mão do anonimato para tornar público o julgamento de seu ex-marido e…
"Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001%…
Mesmo com o imposto de 100% sobre o valor dos veículos americanos, os carros elétricos…
A medida tem como objetivo garantir o direito ao voto para o eleitor. A restrição…