O Papa Francisco sugeriu na quarta-feira que as pessoas comemorem “um Natal mais humilde” este ano gastando menos em presentes e comemorações e enviando a diferença para os ucranianos necessitados.
Falando no final de sua audiência geral semanal, Francisco chamou a atenção para o sofrimento do “povo ucraniano maltratado”, como tem feito repetidamente desde que a Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro. A Ucrânia está sofrendo “muito, muito”, disse ele.
Milhões de ucranianos ficaram intermitentemente sem energia, aquecimento e água enquanto a Rússia continua a atacar a infraestrutura civil nos meses de inverno rigoroso.
Embora celebrar o Natal seja importante, disse ele, “vamos ter um Natal mais humilde, com presentes mais humildes, enviando o que economizamos para o povo ucraniano que precisa”. As pessoas no país passam fome e frio, e muitas estão morrendo devido à falta de médicos e enfermeiros, disse ele.
“Não esqueçamos o Natal”, disse Francisco, “mas com o povo da Ucrânia em nossos corações, e ofereçamos sinais concretos de ajuda para eles”.
Em setembro, Francisco disse que era moralmente aceitável que os países fornecer armas para a Ucrânia. A autodefesa diante da agressão “não é apenas legal, mas também uma expressão de amor ao país”, disse ele.
Os comentários vieram depois que o Vaticano disse explicitamente pela primeira vez em agosto que a Rússia era o agressor na guerra. Os críticos disseram que Francisco arriscou sua autoridade moral ao não chamar anteriormente o presidente Vladimir V. Putin da Rússia pelo nome, já que o Vaticano manteve a política de longa data de não escolher lados em um conflito para melhor preservar as chances da Igreja de desempenhar um papel construtivo em possíveis negociações de paz.
