Se 25% dos usuários do Instagram forem convencidos a usar o P92, ele se tornará maior do que a plataforma de Elon Musk. Um porta-voz da Meta confirmou à BBC que a plataforma está em desenvolvimento
Jeff Chiu/AP
A Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, apresentou a funcionários plano para lançar uma rede social que deve competir com o Twitter, de acordo com fontes ouvidas pela BBC.
O aplicativo, que tem o nome provisório de P92, deve permitir aos novos usuários seguir contas que eles já acompanham no Instagram.
E pode permitir que usuários importem seus seguidores de plataformas descentralizadas, como a rede social Mastodon, que também é baseada em texto como o Twitter.
Em uma plataforma descentralizada, a rede que conecta os usuários não é controlada por uma única companhia.
Um porta-voz da Meta confirmou à BBC que a plataforma está em desenvolvimento.
“Estamos explorando uma rede social descentralizada autônoma para compartilhar atualizações de texto”, disse.
“Acreditamos que há uma oportunidade para um espaço à parte onde criadores e figuras públicas podem compartilhar atualizações oportunas sobre seus interesses.”
O diretor de produtos da Meta, Chris Cox, disse que a programação do sistema está em andamento.
A gigante da tecnologia pretende lançá-lo em breve, embora nenhuma data tenha sido apresentada. Há especulações de que a rede poderia estrear já no final de junho.
Capturas de tela apresentadas internamente a funcionários para dar uma ideia de como funcionará o aplicativo apareceram na internet.
Fontes dentro da empresa disseram à BBC que essas capturas de tela vazadas são legítimas. Se forem, o layout dessa nova plataforma será bastante familiar para quem já passou algum tempo no Twitter. Veja abaixo:
Captura de tela mostra suposto layout da nova plataforma que está sendo desenvolvida pela Meta para competir com o Twitter
Reprodução/Twitter
A plataforma pretende se tornar uma rival maior do Twitter de Elon Musk do que outros sites como Bluesky ou o próprio Mastodon.
Embora ambos tenham atraído usuários desiludidos com o Twitter após a sua venda ao megaempresário, é difícil começar de novo em uma nova rede social e reconstruir uma comunidade.
Mas a comunidade do Instagram é enorme. A Meta diz que tem cerca de 2 bilhões de usuários, o que supera os 300 milhões que estima-se usarem o Twitter — embora seus números não possam mais ser verificados.
Se até 25% dos usuários do Instagram forem convencidos a usar o P92 (que deverá ter um nome mais atraente ao ser lançado; fala-se em Threads), ele se tornará instantaneamente maior do que seu rival mais antigo.
A Meta diz que se “inspira” em outros produtos, embora outros o digam de maneira menos sutil — o Stories no Facebook foi baseado em um recurso do Snapchat e o Reels no Instagram é indiscutivelmente semelhante ao TikTok.
O Twitter vem sendo criticado nos últimos meses com relação a problemas de moderação na plataforma. Em maio, deixou de seguir o código voluntário de desinformação da União Europeia (UE).
Sob o comando de Musk, a moderação do Twitter teria sido reduzida — o que especialistas apontam como responsável por um aumento na disseminação de desinformação.
Mas Musk diz que agora há “menos desinformação em vez de mais” desde que ele assumiu a empresa, em outubro de 2022.
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