Iniciativa foi promovida por três dos principais partidos políticos da oposição: Primeiro Justiça (PJ), Ação Democrática (AD) e Um Novo Tempo (UNT). Juan Guaidó em coletiva de imprensa em Caracas em 2020
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
A oposição venezuelana eliminou, nesta sexta-feira (30), o “governo interino” de Juan Guaidó, reconhecido pelos Estados Unidos, após quatro anos de uma ofensiva frustrada para tentar depor o presidente socialista Nicolás Maduro.
Membros do Parlamento, de maioria opositora, eleito em 2015, e cujo mandato venceu no ano passado, decidiram pelo fim dessa figura a partir de 5 de janeiro, por 72 votos a 29 e oito abstenções.
Esse Legislativo defende a sua continuidade ao chamar de fraudulenta a vitória do chavismo nas eleições legislativas de 2020.
A iniciativa para encerrar o governo interino – que nunca pôde assumir o poder real, apesar do amplo apoio internacional e embora tenha recebido o controle de ativos venezuelanos bloqueados no exterior devido a sanções – foi promovida por três dos principais partidos políticos da oposição: Primeiro Justiça (PJ), Ação Democrática (AD) e Um Novo Tempo (UNT).
Foi a segunda de duas votações necessárias, em que a proposta exigia maioria simples. A primeira ocorreu na semana passada.
Integrante do partido Vontade Popular (VP), do líder exilado Leopoldo López, Guaidó havia pedido na véspera a manutenção da figura do governo interino “acima de nomes”, levantando a possibilidade de ser substituído por outro dirigente, proposta descartada hoje.
Alegando que a reeleição de Maduro em 2018 foi uma fraude, Guaidó se autoproclamou “presidente encarregado” em janeiro de 2019, em praça pública, com o apoio de meia centena de países.
O respaldo internacional, no entanto, foi diluído. Embora mantenha seu reconhecimento formal ao governo interino, os Estados Unidos enviaram delegados para se reunir com Maduro em meio à crise petroleira provocada pelas sanções contra a Rússia, e países latino-americanos como Brasil, Colômbia e Argentina deram uma guinada para a esquerda.
A oposição planeja eleições primárias para o próximo ano, visando às eleições presidenciais, previstas para 2024. Guaidó estaria entre os candidatos.
Na manhã de sábado, 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,…
Certificado lista destinos em áreas costeiras que tiveram compromisso com a preservação ambiental e o…
Gisèle Pelicot abriu mão do anonimato para tornar público o julgamento de seu ex-marido e…
"Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001%…
Mesmo com o imposto de 100% sobre o valor dos veículos americanos, os carros elétricos…
A medida tem como objetivo garantir o direito ao voto para o eleitor. A restrição…