Após semanas de negociações tensas, a OTAN convidou na terça-feira a Ucrânia a ingressar na aliança em algum momento não especificado no futuro, mas apenas quando os aliados concordarem que as condições estão maduras e que a Ucrânia atendeu às qualificações para ingressar.
Em seu comunicadoacordado por todos os 31 membros da OTAN, a aliança diz que “o futuro da Ucrânia está na OTAN”, prometendo continuar a apoiar o país em sua guerra contra a Rússia e envolver os ministros das Relações Exteriores da aliança em uma revisão periódica do progresso da Ucrânia para alcançar a OTAN padrões – tanto na democratização quanto na integração militar.
A redação marcou essencialmente uma vitória para o presidente Biden, que recentemente declarou que “a Ucrânia não está pronta para ingressar na OTAN”. Poucas horas antes da emissão do comunicado, Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, criticou duramente a “incerteza” sobre o caminho da Ucrânia para se tornar membro da aliança.
Os líderes da Aliança lutaram para chegar a um acordo sobre a linguagem sobre como descrever um cronograma e as condições para o que todos concordam que será a eventual adesão da Ucrânia à OTAN. A batalha dentro da OTAN não era sobre se a Ucrânia entraria, mas como e sob quais condições. Alguns países queriam um convite imediato após o fim da guerra; outros países, como os Estados Unidos, queriam evitar qualquer noção de que a entrada seria automática.
Enquanto Zelensky queria mais, os oficiais da OTAN argumentam que ele terá inúmeros benefícios para trazer para casa desta cúpula, com laços mais estreitos com a OTAN, um compromisso mais firme com a adesão e ofertas específicas de ajuda financeira e militar de longo prazo.
Questionado sobre as preocupações de Zelensky, Jens Stoltenberg, o secretário-geral da OTAN, disse que a coisa mais importante agora é garantir que seu país vença a guerra contra a Rússia porque “a menos que a Ucrânia prevaleça, não há nenhuma adesão a ser discutida”. Stoltenberg disse que os compromissos agora são diferentes da vaga promessa feita em 2008 de que a Ucrânia e a Geórgia algum dia se juntariam à aliança, sem especificar como ou quando.
Aqui estão alguns dos novos compromissos significativos da aliança com a Ucrânia:
A OTAN concordou que a Ucrânia não precisaria passar por um processo preliminar e mais demorado para prepará-la para um convite à aliança, chamado Plano de Ação para Adesão. Tanto a Suécia quanto a Finlândia também foram autorizadas a pular esse processo.
A aliança está criando um Conselho OTAN-Ucrânia, um novo órgão conjunto para Kiev e os aliados para aprofundar seu relacionamento antes da adesão da Ucrânia. A reunião inaugural, à qual Zelensky deve comparecer, acontecerá na quarta-feira em Vilnius.
O comunicado enfatizou a necessidade urgente de continuar a assistência não letal à Ucrânia, estendendo um programa de assistência existente para “ajudar a reconstruir o setor de segurança e defesa ucraniano e fazer a transição da Ucrânia para a total interoperabilidade com a OTAN”.
O documento foi inequívoco ao condenar a Rússia, pedindo a Moscou que “retirasse completa e incondicionalmente todas as suas forças e equipamentos do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, estendendo-se às suas águas territoriais”.
Também condenou a “retórica nuclear irresponsável e a sinalização nuclear coercitiva” da Rússia, bem como os planos de implantar armas nucleares na Bielorrússia.
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