Filme dirigido por David Leitch, que também foi um dublê, faz uma nova versão do seriado dos anos 1980 ‘Duro na queda’. Ryan Gosling e Emily Blunt são os principais nomes do elenco “O dublê”, filme que estreia oficialmente nesta quinta-feira (2), já ganha o público logo nos primeiros minutos. Numa montagem frenética, o público vê uma sequência de cenas de ação de filmes famosos, onde os astros são substituídos por profissionais que praticamente se arrebentam para que os filmes fiquem incríveis.
Logo em seguida, é apresentado o protagonista Colt Seavers (Ryan Gosling), um experiente dublê que, entre outros trabalhos, substitui o astro de Hollywood Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) nos momentos mais arriscados das produções. Essa introdução já mostra que a diversão está garantida, especialmente para quem adora ver este tipo de cinema.
E, realmente, “O dublê” consegue ser uma incrível, fascinante e (por que não?) engraçada homenagem tanto a quem tem como ofício correr perigo diante das câmeras, ao mesmo tempo em que é uma agradável aventura que Hollywood sabe fazer muito bem.
Assista ao trailer do filme “O dublê”
No filme, Colt volta aos estúdios depois de um tempo afastado por causa de um acidente, a pedido da agente de Tom, Gail (Hannah Waddingham, da série “Ted Lasso”) para, além de retomar sua função, encontrar o ator, que desapareceu misteriosamente no meio de uma filmagem. Ele logo descobre que o filme que Ryder estava fazendo é dirigido por Jody (Emily Blunt), com quem tinha um caso e está furiosa porque ele sumiu sem dar notícias.
Só que as coisas se complicam durante sua investigação e, de repente, ele se vê envolvido numa trama mais mortífera do que qualquer produção que já participou. Para que sua situação não fique ainda pior, Colt terá que usar seus conhecimentos e sua esperteza para escapar das ameaças que vão surgindo em seu caminho. E, por tabela, tentar resolver sua relação com Jody.
Discutindo a relação
Pouca gente sabe (ou mesmo lembra) que “O dublê” é baseado na série de TV “Duro na queda”, que foi lançada em 1981 e que durou seis temporadas. O filme, embora repita personagens e situações, pouco ou nada lembra o seriado. O objetivo do longa, além de prestar homenagens à categoria da qual o protagonista faz parte, é reapresentar a ideia original para o novo público, mais acostumado a blockbusters. Nisso, o longa é bem sucedido.
Colt (Ryan Gosling) e Jody (Emily Blunt) durante as gravações de um filme em ‘O dublê’)
Divulgação
Ao mostrar os bastidores de uma grande produção cinematográfica pelo ponto de vista do personagem de Gosling, o diretor David Leitch (de “Deadpool 2” e “Trem-bala”), que é um ex-dublê, demonstra todo o amor que sente por essa profissão e quer que o espectador compartilhe esse sentimento com ele. Mas o cineasta também quer mostrar serviço e, assim, realiza sequências de ação bem incríveis, algumas feitas pelo próprio ator principal de seu filme, o que proporciona bons momentos.
Só que nem tudo são flores e o filme tem um sério problema de, algumas vezes, contar uma piada e não saber quando parar. Um bom exemplo disso está na relação entre Colt e Jody. Quando eles começam a discutir em público durante as gravações, a sequência realmente gera muitas gargalhadas. Só que, passa um tempo e lá vem a diretora vivida por Blunt voltar a falar das mesmas coisas, o que culmina numa cantoria num karaokê que deveria fazer rir, mas fica no meio-termo.
O problema, neste caso, está no roteiro escrito por Drew Pearce (de “Homem de Ferro 3” e “Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw”, também de Leitch). Além disso, o roteirista não desenvolve muito bem a trama policial e não fica muito difícil de adivinhar as reviravoltas da história. Se fosse um pouco mais elaborada, com certeza o filme ficaria ainda melhor.
Colt (Ryan Gosling) arrisca a vida numa cena de ‘O dublê’
Divulgação
Referências aos clássicos
Pelo menos, “O dublê” traz para o público nostálgico uma boa dose de referências que vão afagar seus corações. Afinal, além do próprio “Duro na queda”, o filme faz acenos a seriados clássicos como “Miami Vice” e “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, que também foi estrelado por Lee Majors, intérprete do Colt Seavers original. Essas lembranças aparecem de forma gratuita, às vezes. Mas não dá para negar que o efeito de gerar alegria nos fãs é obtido com sucesso.
Sucesso, aliás, foi a escolha do elenco principal do longa. Ryan Gosling, que sempre quis participar do projeto, aproveita a boa fase que vive no cinema após conquistar o mundo (e quase um Oscar) como o Ken do sucesso “Barbie”, e faz de seu novo personagem alguém bastante carismático, o que ajuda o espectador a torcer por ele. Emily Blunt não fica muito atrás e prova que faz uma boa parceria com Gosling na telona.
Outro bom parceiro do protagonista é Winston Duke, que vive o amigo de Colt tanto no set de filmagem quanto na tentativa de livrá-lo dos problemas que surgem enquanto investiga o caso. O ator, que já tinha se destacado em “Pantera Negra”, também chama a atenção aqui.
Enquanto Hannah Waddingham está bem funcional em sua atuação, Aaron Taylor-Johnson rouba todas as cenas em que aparece como o astro de Hollywood totalmente sem noção. Seu personagem parece que foi feito para parodiar outro Tom famoso do cinema e a graça está justamente nisso. Tanto em suas atitudes quanto às suas manias.
Com uma das mais engraçadas cenas pós-créditos (especialmente para os fãs do seriado original), “O dublê” é uma daquelas produções que realmente fazem jus à expressão “filme-pipoca”. Dá para curtir bastante sem maiores exigências e tem potencial para virar franquia no futuro.
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