Os eventos esportivos também sofreram. Nos Alpes da Alemanha, a Copa do Mundo de esqui alpino cancelou alguns eventos porque chuvas de inverno fora de época arruinaram as pistas de esqui preparadas.
Na vila bávara de Ruhpolding, o diretor de turismo, Gregor Matjan, ajudou a cidade a salvar sua antiga tradição de uma Copa do Mundo de Biatlo, uma corrida que mistura esqui cross-country com tiro ao alvo.
Este ano, os participantes do biatlo mergulharam na lama para assistir os competidores percorrerem uma pista feita de “neve cultivada” – neve armazenada e embalada do inverno anterior e coberta com lona reflexiva. Como as pilhas cobertas não requerem eletricidade para resfriamento, disse ele, é uma opção relativamente ecológica.
“Este ano foi realmente excepcional, mas sabemos que, devido às mudanças climáticas, anos como este virão com mais frequência”, disse ele. “Portanto, temos que encontrar maneiras de lidar com o impacto econômico.”
Alguns, como Thomas Schmid em Sattel, abriram negócios que abraçar a mudança vindoura.
O Sr. Schmid, um gestor de ativos profissional, vendeu o tradicional rebanho de gado alpino de seu pai e comprou cabras, chocando alguns de seus vizinhos. Mas as cabras, disse ele, com seus cascos pequenos e peso mais leve, causam menos danos à vegetação alpina mais exposta sem cobertura de neve no inverno. E as cabras resistem melhor às variações de temperatura do que as vacas.
Ele e suas irmãs abriram um restaurante e uma loja, Blüemlisberg, e estão experimentando fazer chocolates e sorvetes com leite de cabra. Eles convidam os filhos dos turistas para brincar com as cabras e os caminhantes para terminar as caminhadas nas montanhas em seu restaurante com fondue de queijo de cabra.
“Eu sou daqui – também me dói pensar que não podemos mais esquiar aqui”, disse Schmid. “Mas as pessoas estão começando a aceitar isso. O clima está mudando. Então nós também temos que fazer.”
