No final do governo Bolsonaro, PF facilita indicação de policiais para funções no exterior


Policiais federais ouvidos pelo blog dizem que a intenção é garantir uma oportunidade fora do país antes do fim do governo. Márcio Nunes, diretor-geral da PF
Tom Costa/MJSP
O diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, publicou uma instrução normativa que facilita a indicação de policiais para missões no exterior. A alteração permite que delegados que já cumpriram missão no exterior possam ocupar novos cargos de oficialato.
O oficialato é uma das funções que policiais federais podem ocupar no exterior. O outro é de adido.
A norma anterior impedia que um policial fosse nomeado para um oficialato se ele já tivesse exercido missão no exterior nos três anos anteriores à indicação.
A instrução normativa foi assinada em 10 de novembro e entrou em vigor em 1 de dezembro. A mudança ocorre no momento que a direção da Polícia Federal tenta indicar nomes da atual diretoria para cargos no exterior.
De forma reservada, policiais federais ouvidos pelo blog dizem que a intenção é garantir uma oportunidade fora do país antes do fim do governo Bolsonaro –cujo mandato termina em 31 de dezembro.
As nomeações de oficialato tramitam por um processo burocrático mais simples porque não precisam da assinatura do Presidente da República.
A outra função que polícias federais cumprem no exterior, a de adido, requer pelo aval do Palácio do Planalto.

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