Morre Nélida Piñon: veja repercussão | Pop & Arte

A escritora Nélida Piñon em imagem de maio de 2019 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Referência na literatura brasileira, Nélida foi a primeira mulher a presidir a ABL, na década de 1990. Ela escreveu mais de 20 livros, foi traduzida em 30 países e colecionou prêmios na carreira. Amigos, escritores, colegas de ABL, políticos e famosos lamentaram a morte da autora de “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo” e “A Casa da Paixão”. Veja, abaixo, a repercussão.

Merval Pereira, jornalista, escritor e presidente da ABL

“É uma perda terrível para mim, como amigo e presidente da ABL, e uma perda para a literatura brasileira. Era, provavelmente, a maior escritora viva do país. Nélida era, além de tudo, uma cidadã. Uma cidadã ativa politicamente.”

Antônio Carlos Secchin, escritor e secretário-geral da ABL

“Vemos em Nélida um exemplo extraordinário de escritora que combinava temas até contraditórios. [Ela tinha] uma imensa capacidade de criar histórias, de imaginar mundos muito complexos, e um sentido pragmático de conduzir a sua vida. Era uma sonhadora e uma realista.”

José Sarney, ex-presidente da República e membro da ABL

“A morte de Nélida Piñón é para mim um golpe pessoal, tão estreita era a nossa amizade e tão profunda a admiração que lhe tinha. A conheci quando ainda estreávamos, eu tentando conciliar vocação e destino e ela com os passos largos que a fizeram rapidamente uma das maiores romancistas da língua portuguesa. Sua obra expande-se do romance à memória, do conto ao ensaio, mas mantém-se vinculada a sua natureza de quase-migrante que a manteve brasileira, mas não a desfez galega, e ao seu profundo amor pela literatura.”

Gilberto Gil, músico e colega na ABL

“Vou sentir muita saudade. Nos nossos primeiros encontros, desenvolveu-se entre nós uma relação muito afetuosa, muito intensa. Nós nos gostávamos muito e, como colegas na Academia Brasileira de Letras, tudo isso se intensificou. Ela vai fazer falta como escritora, mas o que mais fazer falta é aquele gosto dela pelo cultivo da amizade, da satisfação do encontro com os colegas. Era uma pessoa amorável.”

Gilberto Gil e Nelida Piñon durante cerimônia na ABL — Foto: Reprodução/Twitter

Fundação José Saramago

“Além de uma das vozes mais importantes da literatura brasileira, Nélida Piñon trabalhou pela aproximação das culturas brasileira, portuguesa e galega. Amiga de José Saramago, esteve ao nosso lado desde a criação da Fundação como jurada do Prémio José Saramago e apoiando sempre o nosso trabalho. Hoje perdemos uma amiga, que admiramos e cuja obra celebramos e celebraremos.”

Ruy Castro, jornalista e escritor

“Se houve uma pessoa que viveu em função da literatura, foi a Nélida Piñon. Foi a primeira a assumir a presidência da academia e abriu caminho para todas as outras. Uma das coisas que caracterizava a Nélida era a doçura, a delicadeza no tratamento com as pessoas, isso não é muito comum no meio literário.”

Miriam Leitão, jornalista

“Ela tinha a capacidade de amar a vida e buscar a liberdade. Perdi uma amiga com quem gostava de conversar. A literatura dela era muito poderosa. Uma forma de homenagear essa grande brasileira é visitar a obra dela. Sem dúvida, era a maior escritora brasileira viva. A Nélida amiga era muito afetuosa e uma escritora poderosa, revolucionária, épica. Hoje a literatura brasileira está realmente de luto, nós perdemos uma grande brasileira.”

Miriam Leitão sobre Nélida Pinõn: “Escritora revolucionária”

Godofredo de Oliveira Neto, escritor e integrante da ABL

“Perdemos o nosso Prêmio Nobel em potencial. Nélida deixa uma obra monumental, corajosa. Ela pensava seus romances do começo ao fim, e depois ensinava isso, as grandes questões do mundo estão na obra dela. Foi exemplo de escrita e de postura em relação ao mundo.”

Eduardo Paes, prefeito do Rio

“Minha solidariedade à família e aos admiradores de Nélida Piñon, essa premiada escritora que nos deixou hoje. Primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, a carioca Nélida muito contribuiu com a literatura do nosso país. É uma perda irreparável para o Brasil.”

Margareth Menezes, futura ministra da Cultura

“Profundamente sentida com a partida de Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. O país perde uma de suas maiores escritoras. Tenho certeza que seu legado seguirá conosco, vivo em suas obras. Meu abraço aos amigos e familiares.”

Rosa Montero, escritora espanhola

“Não posso acreditar que morreu a grande Nélida Piñon. Falei com ela pelo telefone há duas semanas. Que pena.”

Valter Hugo Mãe, escritor português

“Queridíssima Nélida. Que pena. Que lição de arte e de vida. Obrigado por tudo, mestre.”

Luiza Erundina, deputada federal

“Além de dezenas de obras publicadas, uma vasta produção intelectual, e diversas premiações internacionais, Nélida foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Sem dúvida, uma perda irreparável para o nosso país.”

Sergio Abranches, sociólogo e escritor

“Estou arrasado com a morte da amiga querida, Nélida Piñon. Era de uma doçura e gentileza inexcedíveis. Uma escritora forte. Uma mulher autodeterminada. Uma perda para o Brasil e para a literatura. Uma perda pessoal. Falamos pouco antes de ela partir para Espanha e Portugal.”

Gabriel Chalita, professor e escritor

“Acabou de falecer a extraordinária escritora Nélida Piñon. Uma mulher que dedicou sua vida à palavra e aos afetos. Cultivadora dos mais lindos sentimentos compreendeu a vida e a literatura. Amiga amada, descanse em paz.”

Maria do Rosário, deputada federal

“A literatura perde hoje uma de suas maiores representantes. Nelida Pinon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Deixa imenso legado.”

Marcelo Freixo, deputado federal

“Hoje perdemos Nélida Piñón. Grande escritora e pioneira. Foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Seu legado permanece vivo com suas obras. Meus sentimentos aos familiares e amigos. Descanse em paz.”

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