Ministro do Trabalho volta atrás e diz que manutenção do saque-aniversário do FGTS será 'objeto de amplo debate'


Em entrevista na quarta-feira (4), ele foi questionado se pretendia acabar com a modalidade e respondeu: ‘Nós pretendemos acabar com isso’. Recuo ocorre após repercussão negativa. Luiz Marinho, ministro do Trabalho, defende fim do saque-aniversário do FGTS
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou em suas redes sociais nesta quinta-feira (5) que a manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será “objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”.
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“A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, afirmou.
Em entrevista ao jornal O Globo publicada na quarta-feira (4), ele foi questionado se pretendia acabar com a modalidade de saque-aniversário e respondeu: “Nós pretendemos acabar com isso”.
A declaração de Marinho nesta quinta representa um recuo do ministro e ocorreu após repercussão negativa. A assessoria de imprensa do ministério também havia confirmado ao g1, na quarta-feira, a proposta do ministro de acabar com a modalidade.
Cerca de 28 milhões de trabalhadores já aderiram à modalidade do saque-aniversário, sacando o total de R$ 12 bilhões por ano. Desde que foi criado, em abril de 2020, foram sacados R$ 34 bilhões do FGTS por meio do saque-aniversário.
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Saque-aniversário do FGTS
O saque-aniversário o FGTS foi criado pelo governo Bolsonaro e permite que o trabalhador com recursos no fundo saque, no mês do seu aniversário, uma parcela do montante acumulado. O valor da parcela depende do total disponível.
Em contrapartida, o trabalhador perde direito ao saque-rescisão, que consiste em retirar o dinheiro do fundo quando é demitido sem justa causa.
É possível migrar da modalidade saque-aniversário para saque-rescisão, mas há um período de carência.
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