Como ministro de assuntos internos da Ucrânia, Denys Monastyrsky supervisionou a polícia do país, sua guarda nacional e unidades de patrulha de fronteira, incluindo dezenas de milhares de combatentes que lutaram na guerra, embora parte do comando direto tenha sido transferido para o exército.
Ele estava entre as 18 pessoas mortas quando um helicóptero caiu perto de Kyiv na manhã de quarta-feira, e foi o oficial do governo ucraniano de mais alto escalão a morrer desde o início da invasão russa em fevereiro do ano passado.
Ao longo da guerra, os riscos para a vida do Sr. Monastyrsky foram abundantes. Ele estava entre as principais autoridades de segurança que permaneceram em Kyiv, a capital, com o presidente Volodymyr Zelensky nos primeiros dias da guerra, enquanto o exército russo avançava sobre a cidade.
Ele também foi membro do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, um órgão de formulação de políticas que estabelece metas de guerra.
O Ministério de Assuntos Internos supervisionou os esforços de resgate após ataques com mísseis em cidades ucranianas, incluindo uma tentativa frenética nesta semana de encontrar sobreviventes nos escombros de um prédio de apartamentos que foi atingido por um ataque russo na cidade de Dnipro, matando pelo menos 45 pessoas. O ministério também supervisionou equipes de limpeza de minas em território recapturado, uma operação na qual dezenas de pessoas foram mortas ou mutiladas a cada mês.
Monastyrsky, que trabalhou como advogado antes de se tornar legislador, foi eleito para o Parlamento em 2019 como membro do partido político de Zelensky, Servo do Povo.
Seu foco era reformar o sistema de aplicação da lei de legado soviético do país para acabar com a corrupção e fornecer um serviço melhor. Mas, assim como outros no governo de Zelensky, ele assumiu um papel de liderança durante a guerra após a invasão russa em fevereiro do ano passado.
“Ele era uma pessoa muito modesta, muito corajosa”, disse Serhiy Leshchenko, um conselheiro do chefe de gabinete de Zelensky, sobre Monastyrsky na quarta-feira. “Não houve escândalos em torno dele. Ele era um cara legal.”
