Miguel Reale Jr., autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, anuncia apoio a Lula no 2º turno: ‘Impedir obscurantismo’ | Eleições 2022 em São Paulo

Em um comunicado, Reale afirma que o país deve passar por um momento de conciliação e que o candidato petista teria capacidade de “conciliar e governar.”

“Prezados amigos e amigas, é a hora fundamental para estarmos juntos. Devemos estar juntos e devemos nos manter juntos. E por que devemos estar juntos e nos mantermos juntos? Para impedir que o país seja, novamente, dominado pelo obscurantismo. O que mais fez falta a esse país nesses quatro anos foi o respeito à pessoa humana.”

Ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também declarou votar em Lula, Reale Júnior afirma que falta transparência de informações no governo Bolsonaro.

“Nós queremos um país que que exista a liberdade da troca de ideias, de diversidade, de pluralidade, de criação cultura e não um país do obscurantismo, do atraso e das ideias feitas e da fake news. Nós queremos transparência. Transparência que não existe no orçamento secreto. Transparência que não existe no sigilo decretado para atos dos parentes por cem anos. Transparência que não existe na compra de imóveis com dinheiro vivo. Isto que nós queremos, e isto nós vamos obter com Lula no poder, porque Lula demonstrou capacidade de governar e capacidade de conciliar. Ele irá conciliar. É isto que nós precisamos. Estarmos juntos, nos mantermos juntos. Agora e depois.”

Impeachment de Dilma e Bolsonaro

Reale Júnior foi autor, ao lado do também jurista Hélio Bicudo e da hoje deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, por crime de responsabilidade. O pedido culminou com a saída da petista do poder em 2016, após processo no Congresso Nacional.

Com base no relatório da CPI da Pandemia, o jurista também apresentou, em dezembro de 2021 à Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro.

O documento foi assinado por 17 juristas e um médico, mas não foi aceito pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do atual presidente.

“O que o Bolsonaro fez durante a pandemia foi muito mais grave do que a Dilma fez. Durante um período tão crítico, ele se notabilizou pela total falta de empatia com os mais sofridos. (…) A vitória do Lula no primeiro turno é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder”, declarou Miguel Reale Jr.

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